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Ícone do balé romântico é visitado em remontagem

Bailarinas da São Paulo Companhia de Dança encarnam o papel de sílfides na nova produção | Wiliam Aguiar/divulgação
Bailarinas da São Paulo Companhia de Dança encarnam o papel de sílfides na nova produção | Wiliam Aguiar/Divulgação

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Para o coreógrafo argentino Mario Galizzi, o romantismo nunca saiu de moda. “Ele não se perdeu. Não queremos mostrar que somos românticos, mas somos”, constata. É isso que explica a longevidade de “La Sylphide”, criada em 1832 pelo italiano Filippo Taglioni (1777-1971) para o Balé da Ópera de Paris.

Em busca de transpor para a dança a idealização característica dessa corrente artística, o coreógrafo levou para o palco novidades que se impuseram na constituição do balé enquanto linguagem, como a saia de tule (tutu) e a sapatilha de ponta, criadas na ocasião para  imprimir o caráter leve e etéreo de uma criatura como a sílfide (um tipo de fada).

É esse marco inaugural que a São Paulo Companhia de Dança apresenta de hoje ao dia 22 no Teatro Sérgio Cardoso. Segundo balé narrativo do grupo – que estreou versão própria de “Romeu e Julieta” no ano passado –, “La Sylphide” será apresentada na visão concebida em 1836 pelo dinamarquês August Bournonville (1805-1879) e remontada por Galizzi. Segundo o coreógrafo, a adaptação – com música de Heman von Lovenskioold (1815-1870) – foi mais bem sucedida que a original por ser mais econômica, mas não menos difícil.

“Há um virtuosismo, mas não o dos grandes saltos. É como um bordado que busca a perfeição dos pés, que, com velocidade, praticamente arranham o chão. Esse é o preciosismo da obra”, diz Galizzi.

“La Sylphide” acompanha James, um escocês que, no dia de seu casamento, se vê enamorado por uma sílfide a quem não pode tocar. Mesmo assim, ele parte em busca dela. Desolada, sua noiva casa-se com outro, enquanto o rapaz, enganado por uma feiticeira, mata a amada, confirmando a impossibilidade do romance.

Serviço

No Teatro Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel.: 3288-0136). Estreia hoje, às 21h. Qui. (só dia 19) e sáb., às 21h; sex., às 21h30, dom., às 18h. R$ 25. Até 22/6.

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