
Chegou a hora de o público brasileiro conferir o que os alemães viram de especial em “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”. As expectativas são grandes, já que o longa de estreia de Daniel Ribeiro desembarca nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros amparado por dois títulos relevantes no Festival de Berlim: o prêmio da crítica internacional e o Teddy, voltado a produções de temática gay.
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O filme acompanha três adolescentes em fase de descobertas e conflitos. O protagonista, Leo (Ghilherme Lobo), é cego e luta para conseguir independência diante da superproteção dos pais. Ele e Giovanna (Tess Amorim) são amigos inseparáveis até a chegada de Gabriel (Fabio Audi), que desperta algo desconhecido no rapaz.
“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” é um filme simples e sincero sobre o primeiro amor. Suas qualidades estão em exalar sensibilidade sem pieguice, carregando o frescor da juventude como ela é.
“Quando estou fazendo [o filme], penso em criar um diálogo com quem está assistindo. Na forma, ele até parece simples, com uma história tradicional, sem grande ousadia. O tema é onde tento aprofundar mais para fazer as pessoas discutirem e debaterem”, afirma Ribeiro.
Essas qualidades, já presentes no curta “Eu não Quero Voltar Sozinho”, que deu origem ao longa e teve 3 milhões de visualizações no YouTube, contribuíram para que o burburinho em torno da produção fosse anterior ao sucesso dela no exterior.
“A gente descobriu que o filme dizia muito sobre quem estava assistindo. As pessoas se sentiram meio representadas e queriam compartilhar aquela mensagem”, disse o diretor ao Metro Jornal, logo após a premiação, sobre a repercussão do curta nas redes sociais.