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Em novo filme, George Clooney homenageia heróis da 2ª Guerra

George Clooney é o diretor do novo filme | Carlo Allegri/Reuters
George Clooney é o diretor do novo filme | Carlo Allegri/Reuters

George Clooney volta ao posto de diretor com o novo filme, «Caçadores de Obras-Primas», e faz uma homenagem aos heróis anônimos da Segunda Guerra Mundial que arriscaram a vida para resgatar as obras de arte europeias da voracidade de Hitler.

«Monuments Men», no original, baseado no livro de mesmo nome e escrito por Robert M. Edsel e Bret Witter, estreia na sexta-feira, dia 7, nos Estados Unidos e no dia 14 de fevereiro no Brasil.

Com um elenco de luxo (Matt Damon, John Goodman, Bill Murray e Jean Dujardin, entre outros), este é o quinto filme dirigido por Clooney, após «Confissões de uma Mente Perigosa» (2002), «Boa Noite e Boa Sorte» (2005), «O Amor não tem Regras» (2008) e «Tudo pelo Poder» (2011).

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O longa-metragem narra a história verdadeira de um grupo de especialistas, curadores, galeristas e artistas que foram enviados à Europa pelo presidente Franklin D. Roosevelt para recuperar centenas de milhares de obras de arte roubadas pelos nazistas, além de proteger milhares de peças ameaçadas pelos bombardeios aliados.

«Não estamos muito familiarizados com esta história, o que é estranho vindo de um filme sobre a Segunda Guerra Mundial. Geralmente, você acredita que já viu tudo sobre esta época», disse Clooney em uma entrevista coletiva em Beverly Hills.

Os mais de 100 homens que percorreram a Europa durante a operação tinham a tarefa de localizar e recuperar as obras que Adolf Hitler havia roubado de famílias judias e dos grandes museus europeus para criar seu megalômano museu de arte de Linz.

«Era um grupo de homens que alguém jamais imaginaria em uma zona de guerra», disse à AFP Grant Heslov, produtor e um dos roteiristas do filme, grande colaborador de Clooney no projeto.

«Não eram jovens nem estavam aptos para a batalha ou atos de heroísmo».

Clooney espera criar consciência

A seriedade do tema não impede que o filme adote um tom leve e divertido, reivindicado pelos autores. «É o tom que George e eu queríamos», disse Heslov.

«Queríamos fazer um filme que nos recordasse o tipo de fitas de guerra que assistíamos em nossa juventude. Havia algo de humor nelas».

«Sabíamos que não faríamos «A Lista de Schindler» ou «O Resgate do Soldado Ryan». Estes são filmes excelentes, mas com uma perspectiva totalmente distinta sobre a guerra», completou.

Muitas obras saqueadas por Hitler foram encontradas e entregues a seus proprietários, mas foi um «processo longo, que continua hoje em dia», observou Clooney.

«Não é tão simples, porque é difícil sentir empatia por alguém como Rothschild, que tinha a maior coleção privada do mundo. As pessoas pensam que, como eram ricos, o dano não era tão grave. Mas, obviamente, as obras tinham que ser devolvidas».

Em «Caçadores de Obras-Primas», Clooney aborda o lugar da arte na sociedade, assim como sua importância e proteção.

«Basta ver o desaparecimento das obras de arte que está acontecendo neste momento na Síria», recordou.

O ator e diretor espera que o filme ajude «a criar consciência sobre até que ponto é importante proteger a cultura de cada país e buscar a maneira de recuperar» estas obras.

«Se o filme conseguir chamar a atenção para o tema e provocar um debate, terá sido útil».

Após cinco filmes como diretor, Clooney consegue desfrutar a experiência.

«Eu gosto muito, me diverte. Atualmente, prefiro dirigir a atuar. Não sei se estou melhorando ou não, mas evoluo com as novas direções».

Ao ser questionado sobre seu método, Clooney não deixa de fazer piada. «Trabalhei com os irmãos Coen, com Steven Soderbergh, com Alexander Payne. Trabalhei com cineastas formidáveis ao longo dos anos. Você tenta observar o que eles fazem e depois simplesmente rouba deles», concluiu, com seu famoso sorriso sedutor.

Veja o trailer:

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