Foi uma semana pesada, dessas que você não prega os olhos, como a gente diz no interior. Tudo começou quando meu filho Júnior disse que tinha sido diagnosticado com a covid-19. Você sempre assusta, pelo menos quem tem um mínimo de sentimento pelo próximo.

Muita gente morreu ou foi contaminada, então, não sejamos como os imbecis por aí que zombam e desafiam a doença. Isso tudo misturado ao sofrimento alheio, tão perto, que a gente se pergunta nesta roleta-russa quem será a próxima vítima. Lidamos com a busca pela vacina que não chega, com a falta de campanhas para chamar as grávidas (20 em cada 100 não vacinadas morrem) e até com os ausentes da segunda dose, que não voltam por medo ou falta de informação.

Proporcionalmente, morre mais gente aqui do que na Índia, que tem 1,2 bilhão de habitantes. Todo cuidado é pouco com a vida voltando quase que ao normal. Quase, pois muita gente quebrou ou está morrendo de fome. Portanto, use máscara, respeite o distanciamento e lave sempre as mãos. Tenho certeza que os que morrem com falta de ar se arrependem de não ter feito isso.

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No mais, só queria mesmo agradecer aos milhões de brasileiros que rezaram pela saúde do meu filho. Saibam que eu rezei também pelos seus. Gratíssimo aos doutores David e Kalil e aos excelentes profissionais do Sírio-Libanês: médicos, enfermeiros, faxineiros, o pessoal responsável pela cozinha.

Esse é um dos maiores e melhores hospitais do mundo. Espero que um dia cada cidadão deste país tenha direito a um tratamento digno como este. Assim, teremos um país mais justo. Também agradeço a DEUS e a ciência por meu filho ter recebido o direito de viver. É o que espero para você e para os seus que passam por esse momento. Tenham esperança.

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