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Pais que falam demais nem sempre ajudam seus filhos

Os pais, muitas vezes, estabelecem uma relação cotidiana com os filhos repleta de comandos, instruções e ordens, sem espaço para que a criança faça reflexões verdadeiras e desenvolva a autonomia. Pais que falam demais nem sempre ajudam seus filhos. Quem diz isso é a consultora educacional Bete P. Rodrigues, uma especialista nos estudos da chamada disciplina positiva. Em conversa com a Canguru News, ela falou sobre os desafios da comunicação entre pais e filhos.

Dando espaço para refletir

Segundo Bete, dar espaço para as crianças falarem as ajuda a aprender a tomar decisões, em vez de sempre escutarem comandos, broncas e ordens dos pais. “Crianças precisam ter espaço para refletir sobre problemas e tomar decisões”, explica a especialista. Essa abertura para fazer perguntas verdadeiras toma mais tempo e dá mais trabalho aos pais, mas é o tipo de comportamento que pode ajudar a criança a desenvolver habilidades para a vida.

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Bronca ineficaz

Segundo Bete, em “horas de crise” – quando, por exemplo, seus dois filhos estão brigando por um mesmo brinquedo ou a criança está nervosa demais, aos prantos –, dar uma bronca pode não ser a atitude mais eficaz. Muitas vezes o melhor é simplesmente não falar nada, acolher a criança e pegar a mão dela até que ela se acalme. “Dicas assim podem ser valiosas”, afirma.

Falar menos, ouvir mais

Acostumada a dar cursos de educação para pais, mães e cuidadores, Bete P. Rodrigues costuma dizer que o velho ditado sobre “falar menos e ouvir mais” deveria ser aplicado também na relação com os filhos. De acordo com ela, pais que ficam em silêncio, só escutando, e fazem perguntas verdadeiras, costumam conseguir impactar positivamente seus filhos no que diz respeito ao desenvolvimento da autonomia.

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