Elas estão em todo o Brasil e no mundo trabalhando a favor de cidades mais humanas, inclusivas e saudáveis. Sim, a luta pela mobilidade ativa e coletiva envolve tudo isso, pois foca na qualidade de vida das pessoas.
Em Paris, a prefeita Anne Hidalgo se reelegeu em 2020 ampliando as ações para reduzir a poluição e fazer da capital francesa uma cidade mais segura, verde e inclusiva. Construiu 1000 km de ciclovias em seu primeiro mandato – e agora, reeleita em plena pandemia, investiu na “Cidade de 15 Minutos”, que propõe uma cidade descentralizada com mais saúde, solidariedade, diversidade, ecologia, participação das pessoas e melhor utilização dos recursos.
Claudia López tomou posse como prefeita de Bogotá, em janeiro de 2020, com o desafio de fazer “uma cidade que não contribua para destruir o planeta”. Começou com 117 km de ciclofaixas temporárias para reduzir os riscos de contágio, a poluição e a interação no sistema de ônibus TransMillenio (BRT), que tem lotação acima da média.
No Brasil, Renata Falzoni tem 67 anos e 44 dedicados à mobilidade ativa. Formada em arquitetura e urbanismo, é uma referência quando se fala em bicicleta no país. Para Renata, as cidades que apostarem na bicicleta na pós-pandemia não vão apenas se recuperar, elas vão prosperar muito. “Abrir as ruas para as pessoas é o tipo de ação que pode aquecer a economia e trazer saúde para a população. Cada vez mais vamos precisar de espaços públicos de lazer ao ar livre que garantam segurança e qualidade de vida”.
Várias outras brasileiras são presença forte no cenário da mobilidade sustentável. Ana Luiza Carboni, consultora carioca formada em psicologia e com mestrado em Gestão de Recursos Humanos pelo King’s College London, tem uma vida de puro ativismo sobre duas rodas: ela coordena, questiona, pressiona, reúne grupos, dá palestras, ensina… Tanto carinho e empenho a tornaram a primeira Prefeita da Bicicleta de Niterói, além de diretora presidenta da União de Ciclistas do Brasil.
Já a paulistana Martina Horvath é responsável, junto com outras ciclistas, pela criação de um pedal exclusivamente feminino, o Bike Anjas, que hoje se espalha por várias cidades brasileiras, ajudando mais mulheres a conhecer, curtir e valorizar a magrela.