No quesito alimentação, 2020 foi um ano de excessos também entre as crianças. Elas passaram muitas horas sentadas em frente ao computador, privadas de ir à escola, fazer atividades físicas e ver os amigos por causa das medidas de isolamento social. E acabaram descontando a ansiedade na comida – principalmente nas guloseimas.
Segundo a pediatra Flávia Nassif, do Hospital Sírio Libanês, têm sido frequentes as queixas nos consultórios sobre dores de cabeça, nos olhos e nas costas dos pequenos – tudo consequência do uso exagerado do computador. “É um ciclo”, diz a médica. “Menor atividade física, aumento no consumo de guloseimas, ganho de peso.
Uma refeição a mais por dia
Estudo feito na Itália, publicado pelo periódico Obesity, mostrou que as crianças têm comido em média uma refeição a mais por dia, além de terem aumentado a ingestão de alimentos ultra-processados como doces, bolachas recheadas e salgadinhos.
58% das famílias mudaram os hábitos
No Brasil, pesquisa realizada pelo Unicef mostrou que 58% das famílias com crianças e adolescentes alteraram os hábitos alimentares durante a pandemia. Destas, 31% passaram a consumir mais alimentos industrializados, como macarrão instantâneo, bolos, biscoitos recheados, achocolatados, alimentos enlatados, refrigerantes e bebidas açucaradas.
Mas dá para reverter
A boa notícia é que existem maneiras práticas de reduzir o consumo de guloseimas no dia a dia das crianças. A pediatra lista algumas delas:
• Mude suas compras. Para evitar o consumo de guloseimas em casa, a melhor saída é não comprá-las.
• Divida o dia alimentar. Café da manhã, lanchinho, almoço, lanchinho, jantar e ceia. Cole o esquema de cardápio na porta da geladeira.
• Prefira sucos de frutas naturais. Eles são um excelente substituto do refrigerante. Mas é importante consumir menos suco e muito mais água.