Colunistas

A dureza da memória dos tempos de guerra

O Japão se apresenta ao visitante como a sociedade que deu certo. Há uma boa distribuição de renda, transporte público para todos, mas a opinião dos vizinhos próximos do país nem sempre é lisonjeira. É o caso de Ok-sun Lee, uma sul-coreana que foi vendida como escrava sexual durante a Segunda Guerra Mundial e viveu na China servindo aos soldados japoneses em “casas de conforto”, eufemismo para prostíbulos.

Quem conta a história de Ok-sun Lee é a quadrinista Keum Suk Gendry-Kim na HQ Grama (Grass), indicada a três prêmios Eisner, o Oscar dos quadrinhos nos EUA. As mais de 500 páginas do livro, lançado aqui pela editora Pipoca & Nanquim, poupam os leitores do realismo gráfico do que aconteceu com as meninas, mas deixa bem claro que o sofrimento não tinha fim. Não é à toa que Ok-sun Lee, que ficou conhecida pelo seu ativismo, aparece em diversos trechos da obra cobrando do governo japonês medidas de retratação histórica e financeira pelos danos causados a ela e milhares de outras pessoas que sofreram nas mãos dos nipônicos durante a Guerra do Pacífico.

Os quadrinhos, que já retrataram o sofrimento do Holocausto em Maus, de Art Spiegelman, e da bomba atômica de Hiroshima em Gen – Pés Descalços, de Keiji Nakazawa, mostram agora mais um triste retrato do que a humanidade produziu durante a Segunda Guerra Mundial.

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