Ao longo de duas temporadas, a série Dark desafiou velhos conceitos da ficção científica, propôs discussões filosóficas, investiu no suspense e ainda achou tempo para trabalhar histórias de amor – e como elas podem criar heróis e monstros. Foi com a missão de dar um final que honre esse legado que a terceira e última temporada estreou na Netflix.
Mais do que amarrar pontas soltas de continuidade e encerrar a história, o último ano apostou as suas fichas em ampliar tudo o que havia feito até então. A principal expansão está na forma como a série aborda o mundo alternativo. A outra Widen foi incorporada à narrativa principal, que agora alterna não apenas diferentes épocas, mas também diferentes Terras. Além de servir à trama, mostrando que um universo fatalmente interfere no outro, essa escolha valoriza toda a equipe da produção. Cenários, figurinos e até mesmo penteados se destacam e ajudam a contar a história, para que o espectador não se perca (mais).
Ainda que essa variação de tempos e espaços expanda a trama e apresente novas possibilidades, o rumo do último ano é definido por algumas decisões questionáveis. A discussão sobre quanto os ciclos são perpétuos e (quase) impossíveis de se quebrar, a série dedica boa parte de seu ano final para criar uma atmosfera desanimadora que soa redundante. Se as temporadas anteriores estabeleceram discussões como essa, enquanto levavam a trama para algum lugar, o final de Dark se ocupa mais de preencher as lacunas.
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Ainda que tenha seus problemas, Dark chega ao fim entregando uma conclusão que honra a maturidade com que a série discutiu seus temas.
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