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Deus nos ajude

A gripe espanhola matou 40 milhões de pessoas quando à população do planeta era de 2 bilhões. Hoje, temos mais de 7 bilhões de pessoas, quase 8 no mundo. No Brasil, na época, década de 1920, morreram 30 mil numa população de 30 milhões. Hoje seriam 2 milhões de mortos. Quando se fala em segunda onda, não dizemos onda como conversa fiada: são mais mortos. No caso da gripe espanhola, seis meses depois de se imaginar que o vírus tinha ido embora, houve mais duas ondas devastadoras. Hoje, na maioria de países onde foi autorizado o fim da quarentena, com a retomada gradativa da economia, os casos voltaram a subir.

Isso seguindo regras rigorosas. Aqui, se é que houve quarentena um dia, o país faminto, foi autorizando o povo nas ruas de forma inteligente. Que forma inteligente se tem gente desesperada demais para colocar máscara, lavar as mãos e seguir distanciamento social? Sem isso, o caminho do caos é quase certo. Mas como controlar o povo faminto e sem emprego à espera de um auxílio que às vezes não vem, ou demora?

Por outro lado, fizemos quase tudo errado. Não controlamos fronteira quando o bicho escapou da China e já estava na Europa e Estados Unidos, principalmente. Depois, fizemos do Carnaval uma bomba biológica terrível e em seguida, em alguns estados, fechamos quase tudo. Quebramos à economia e podemos assumir o primeiro lugar em número de mortos. Erramos, ao que parece, na ciência e na economia. Outros países erraram também e já estão pagando caro por isso. Tomara que este princípio de segunda onda seja apenas uma sequência pequena da pandemia. Se não for, com o mundo falido, o que será do nosso país com milhões de desempregados famintos e hospitais e cemitérios lotados? Vacina? Talvez em um ano, por milagre. Fora isso, só temos que rezar para que DEUS nos ajude. E muito.

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