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Canguru no Metro: Seu filho não quer dividir?

“Filho, divide o brinquedo com seu amigo.” Que pai ou mãe nunca disse isso à criança, na tentativa de fazer com que ela empreste “só um pouquinho” o seu brinquedo? Adultos se sentem olhados e cobrados pelos outros pais, mães, avós ou cuidadores, se não fazem nada quando surge uma situação desse tipo na pracinha ou no parque. Pensam que é obrigação deles intervir e mostrar às crianças que o certo é dividir. Mas será que é mesmo?

Aprendizado na hora certa

Nem todos os pequenos estão preparados para compartilhar. E, às vezes, a  intervenção dos pais pode levar a um conflito que talvez não tivesse chegado a tanto. Segundo os psicólogos, até 4 ou 5 anos, as crianças não costumam estar preparadas para dividir. Até essa idade, elas enxergam o mundo de uma forma egocêntrica, em que tudo acontece conforme sua vivência e perspectiva. Noções como empatia e habilidades sociais não existem. E isso é absolutamente normal. Só significa que o cérebro do pequeno ainda está em evolução. Dividir, como andar ou falar, é um aprendizado que não pode ser antecipado.

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Tática inútil

Os pais costumam transformar o fato de o filho não querer dividir brinquedos no parquinho em um problema maior do que é. E agem assim pressionados pelo fato de que há outras famílias olhando. Táticas como “um pouquinho cada um” não funcionam para os pequenos porque elas não são capazes de compreender o conceito.
O melhor é desviar a atenção da criança para outro ponto, introduzir outro brinquedo.

Assista sem intervir

É só entre os 4 e os 6 anos é que as crianças começam a gostar de brincar com outras e passam a apreciar regras de compartilhamento. É nesta fase habilidades como empatia e cooperação começam a ser exercitadas. As crianças vão chegar sozinhas a acordos que talvez pareçam injustos aos olhos dos adultos. Mas se funcionarem para elas e servirem para continuar a brincadeira, os pais devem assistir tranquilos. Sem intervir.

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