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O Brasil da confusão

Fui a Brasília ontem de manhã, quase madrugada de verdade para fazer uma entrevista com o ministro Gilmar Mendes. Não posso adiantar o conteúdo da matéria porque escrevi esta coluna antes da viagem.

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Bom, depois de dar um nó na sua cabeça, na verdade também na minha, afinal parece papo de maluco, vamos aos finalmentes. O Gilmar solta todo mundo? Pode até soltar, mas é só ele? Claro que não, nosso Código Penal que está caindo de velho é muito fundamentado no direito alemão, onde aliás o ministro tem boa parte da base da sua formação, uma linha de solta mais que prende.

Tenta recuperar com cadeia, e lá funciona: só quem comete crimes graves –e, claro, num país de primeiro mundo onde há menos injustiça social, mais emprego, mais escola, mais saúde.

Aqui estamos na contramão da história, com divisão de renda terrivelmente injusta, a maioria do povo sem nada. Nada mesmo, desde banco de escola, vaga em hospital e comida no prato. Muito disso provoca falta de segurança. Sem falar na corrupção, que vai de alguns empresários sem escrúpulos (a maioria segura a economia) que corrompem funcionários públicos (claro que não todos) e políticos (esses sim em um grande número, poucos se salvam).

São esses do Legislativo que poderiam editar leis mais pesadas que facilitariam o trabalho dos agentes da lei. Desde a polícia nas ruas, o combate ao crime organizado, com promotores, procuradores e juízes, claro que na grande maioria bem intencionados e honestos, para tentar diminuir esse clima de total terror que marginais de todo tipo impõem ao cidadão de bem.

Ah, e claro, a pergunta que não quer calar: como fica a prisão em segunda instância, que colocaria muita gente fora da cadeia. O mais famoso deles, o Lula. Bom, mas essa pergunta vou fazer depois de escrever a coluna. Entendeu? Não? Na verdade nem eu, mas essa confusão é pouca coisa perto da baderna que está este país, onde bandido vira mocinho da noite para o dia ou dependendo da situação vice-versa.

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