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Uso e cuidados ao tratar com eletrochoques

Recentemente foi publicado, pelo Ministério da Saúde, um documento que respalda o uso de eletrochoque no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo o médico psiquiatra Fernando Bernardes, que é membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, o tema deve ser visto com especial interesse, face aos equívocos causados por essa nova política dentro da proposta da reforma psiquiátrica adotada no Brasil nos anos de 1970.

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Com a falta de recursos terapêuticos no passado, os pacientes psiquiátricos eram “depositados” em asilos para o resto de suas vidas, assim como os enfermos com hanseníase e tuberculose. A reforma psiquiátrica propõe o fim desse regime de hospitalização sem fim, passando as internações tão curtas quanto possível, com subsequentes tentativas de reintegração do cidadão no contexto social. Também foram criados os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) que devem funcionar como hospitais-dia, como alternativa à internação.

Pela falta de medicamentos adequados, o eletrochoque – eletroconvulsoterapia – era utilizado como uma das poucas ferramentas terapêuticas para várias doenças psiquiátricas. Contudo, esse procedimento ficou estigmatizado por ter sido, indevidamente, utilizado como método de tortura ou punição para pacientes que estivessem “incomodando”. A eletroconvulsoterapia é, no entanto, um procedimento médico com benefícios cientificamente comprovados para tratar determinados transtornos que nenhum medicamento – mesmo os mais modernos – consegue tratar.

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O eletrochoque deve ser realizado em ambiente hospitalar, com paciente anestesiado e com recursos para uma eventual reanimação cardiorrespiratória, se necessária. Segundo o dr. Fernando Bernardes, atualmente esse tipo de tratamento é indicado para: depressão grave, esquizofrenia catatônica (em que o paciente fica imóvel), mania (fase de exaltação do transtorno bipolar), quadros paranoides (alucinações que ameaçam o enfermo), entre outros.  Fique bem, cuide-se
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