Fundador da Academia do Dinheiro, Mauro Calil é sempre questionado por clientes e amigos sobre as vantagens de não ter carro hoje – uma tendência que vem crescendo nas cidades equipadas com boas redes de transporte coletivo e ciclovias.
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“Um grande benefício é a economia. Um carro custa caro para ser comprado e para ser mantido. É um passivo financeiro, ou seja, gera despesas. No entanto, existem vantagens não financeiras como economia de tempo de traslado, liberdade e redução de estresse, principalmente para quem mora em grandes centros bem servidos de transporte público”, afirma Calil.
20% do orçamento doméstico
Segundo ele, um automóvel de R$ 50 mil pode custar R$ 1 mil por mês quando colocamos na conta depreciação, custo de oportunidade, combustível, estacionamentos, manutenção, impostos, taxas e multas eventuais.
“Se o carro for mais caro a conta aumenta mais ainda”, destaca, lembrando que ele apenas se torna rentável se você transformar este passivo em ativo. “É o que fazem os taxistas e motoristas de aplicativos”.
Calil observa que grande parte dos seus clientes e alunos abandonou o carro, adotando o ônibus e o metrô. “Muitos contavam com mais de um veículo em casa e se deram conta de que poucos ajustes logísticos podem eliminar um carro. Ou decidiram ficar sem nenhum. Com isso, passam a ter mais dinheiro investido”, ressalta.
Afinal, em alguns casos, o veículo e seus gastos representam mais de 20% do orçamento doméstico. “A venda de um carro de R$ 50 mil e o investimento em uma aplicação conservadora, que renda 0,65% ao mês, por exemplo, pode render um bom dinheiro se a pessoa andar de transporte coletivo”, afirma.
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Para ajudar nessa decisão, Mauro Calil sugere que o usuário responda cinco perguntas:
- Qual é o real uso do seu veículo?
- Já existe outra pessoa com carro na sua casa?
- Quantos quilômetros você roda por dia?
- Você mora com crianças, adolescentes ou idosos?
- Sua região tem ônibus, metrô e ciclovias?
“Quem faz pouco uso e roda até dez quilômetros por dia deve considerar o transporte coletivo. Se há outro familiar com o modal, proponha o compartilhamento. Mas se há crianças e idosos na parada, vale a pena repensar a venda”, ele aconselha.
Mas o fato é que, ao abdicar do carro, as opções de poupança aumentam. E você, o que faria com os juros do seu automóvel se ele não estivesse parado e dando prejuízo à sua conta corrente?