Segundo o levantamento efetuado pelo IBGE e apresentado esta semana, o Brasil perdeu 3,4 milhões de empregos com carteira assinada em três anos. As reações que temos percebido recentemente são de empregos informais, que têm se multiplicado como alternativa de trabalho a estes brasileiros, e a novos brasileiros que adentram ao Mercado de trabalho.
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O ponto positivo desta leitura é que sim, estão sendo gerados empregos para os brasileiros. A má notícia é que são empregos informais, com vínculos outros que não os reconhecidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE, enquanto o número de empregos com carteira assinada caiu em cerca de 810 mil no terceiro trimestre de 2017, o número e empregos sem carteira assinada cresceu em 641 mil, no mesmo período. Ambos comparados com o mesmo período de 2016.
Uma outra categoria de trabalhadores que também demonstra dados positivos de crescimento é a dos que trabalham por conta própria, que somaram 1,1 milhão de trabalhadores. A despeito das políticas públicas e reformas, os brasileiros estão se reinventando bem. Como as relações de trabalho se acomodam dentro do que é possível, pelo menos garantindo o próprio sustento, estes brasileiros felizmente não mais engrossam o vergonhoso número dos 13 milhões de desempregados de nosso país.
Evidentemente, o maior receio dessas relações informais é o potencial de passivo trabalhista que pode ser gerado. Todas as reformas são igualmente importantes e de fato podem ser estruturantes, porém enquanto retrocessos como o de trabalho escravo acontecem, o que de fato interesse a todos brasileiros arrasta se em Brasília aguardando a devida atenção como a Previdência. Agora que o Presidente Temer teve mais uma denúncia arquivada e que faltam cerca de 40 dias úteis de trabalho no ano para o Congresso Federal, quiçá todos por lá possam trabalhar naquilo que é mais interessa a todos nós, o futuro de nosso país e a colocação de dignos empregos a todos os brasileiros.
O cenário e excelente, inflação próxima do piso da meta, juros oficiais extremamente baixos e estímulo ao investimento produtivo, o Brasil possui uma matriz econômica diversificada e muito interessante, já está atraindo investimentos e, com um pouco de foco nas politicas públicas, poderemos iniciar uma nova era de crescimento e pleno emprego.