O dia 27 de outubro é marcado como o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciforme. No Brasil, a cada ano nascem aproximadamente 3,5 mil crianças com doença falciforme, sendo uma das doenças hereditárias mais comuns no país e que apresenta, já nos primeiros anos de vida, manifestações clínicas importantes. Isso representa um sério problema de saúde pública, atingindo principalmente a população afrodescendente. A doença falciforme foi incluída na triagem neonatal em 1998, medida que serviu de modelo para a adoção em outros Estados.
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Alteração genética
A doença falciforme é resultante de alteração genética caracterizada pela presença de um tipo anormal de hemoglobina denominada Hemoglobina S (HbS). Ela faz com que as hemácias adquiram a forma de foice (daí o nome falciforme) em ambiente de baixa oxigenação, dificultando sua circulação e provocando obstrução vascular.
As hemácias têm a função de carregar oxigênio para os tecidos, principal combustível para os órgãos. No caso da doença falciforme, elas são destruídas, porque, como são em forma de foice, se agregam e diminuem a circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Com isso, ocorre lesão nos órgãos atingidos, causando dor, destruição dos glóbulos vermelhos, icterícia e anemia.
Teste do pezinho
A boa notícia é que a ciência avançou muito no conhecimento e tratamento dessa doença. A qualidade de vida das pessoas com a doença depende, principalmente, do diagnóstico feito pelo teste do pezinho, logo após o nascimento, que proporciona a detecção precoce de hemoglobinopatias, como a anemia falciforme. Lembre-se que existem vacinas especiais disponíveis para esses pacientes. Fique bem, cuide-se bem!