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No centro do Palco

Autor do projeto “Escola Sem Partido”, o vereador Tenente Santini (PSD) teve na segunda-feira (4) seu dia de protagonista. Incentivado por um grupo barulhento de apoiadores na plateia e fieis escudeiros no plenário, ele foi à tribuna e bradou contra o “marxismo”, nas escolas; defendeu o fim do que chamou de doutrinação e não reagiu ao ouvir de adversários que apoiou a ditadura. No final, fechou o discurso com o bordão do MBL (Movimento Brasil Livre). “Nossa bandeira jamais será vermelha” e antes de deixar o microfone, bateu em continência, como manda o protocolo militar.

Muro
O vereador Luiz Carlos Rossini (PV) entrou na discussão sobre o projeto, mas preferiu a neutralidade. Disse que os dois projetos – Escola Sem Partido e o Escola Sem Censura – são inconstitucionais. “Os dois são ilegais, mas o que mais me assusta é o texto; o espírito da proposta. Os dois são as duas faces de uma mesma moeda. Fruto de um fundamentalismo ideológico, seja da direita, seja da esquerda”, afirmou.

Simone de Beauvoir devassa
Na votação do projeto “Escola Sem Partido”, os vereadores aproveitaram para retomar a questão da ideologia de gênero e o vereador Campos Filho (DEM), resgatou uma polemica de dois anos atrás, quando o plenário aprovou uma moção de sua autoria, contra a inclusão na prova do Enem de 2015 de uma questão que reproduz um trecho de um texto da filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir sobre a condição da mulher. “Simone de Beauvoir era uma devassa”, gritou ele, da tribuna. “Uma devassa”, repetiu. “É só procurar a história”, alertou.

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