A gravidez deveria ser sempre uma festa! A vinda de mais um membro da família faz com que os casais se preparem intensamente durante os nove meses para receber o novo membro da família. Todavia, por vezes, alguma coisa dá errado. A cada 200 grávidas, um bebê não se forma corretamente e, em vez de gerar uma gravidez normal, há a formação apenas da placenta anormal, caracterizando a chamada gravidez molar.
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O que fazer?
Segundo o Professor Doutor Antônio Braga, da UFRJ, as mulheres com essa doença apresentam sangramento na gestação, a barriga cresce mais do que o esperado, os vômitos são mais intensos e a pressão arterial fica alta desde o início. A ultrassonografia faz o diagnóstico dessa doença em 90% das vezes e imediatamente devem essas pacientes ser encaminhadas para os Centros de Referência*. Ao chegar no Centro de Referência, essas pacientes são submetidas a uma cirurgia para retirar essa placenta de dentro do útero. Infelizmente, em alguns casos, a gravidez molar vai evoluir para o câncer da placenta, chamado neoplasia trofoblástica gestacional.
Índice de cura
As mulheres grávidas merecem todo o cuidado. Se algo estiver errado, o obstetra deve atuar para minimizar os danos. Felizmente, mais de 90% das mulheres ficam curadas quando fazem acompanhamento em Centros de Referência. O câncer da gravidez e da placenta tem CURA e permite que as mulheres engravidem novamente após a alta. Fique bem, cuide-se bem!
* No Estado do Rio de Janeiro, o Centro de Referência funciona na Maternidade Escola da UFRJ e no Hospital Universitário Antonio Pedro da UFF. Em outros Estados acesse www.trofos.org.br.
Professor de Medicina e presidente do Instituto Vital Brazil, Dr. Edimilson Migowski escreve às quartas-feiras.