No último sábado (15 de outubro), comemoramos o Dia do Professor em todo o Brasil. Vale a lembrança, mas nossos mestres merecem mais. Merecem exaltação pelos guerreiros que são e, principalmente, respeito nos 365 dias do ano. O professor é ouro em pó para qualquer nação que se preza. Países desenvolvidos têm os mestres em alta conta. Não conheço lugar onde sendo apenas professor alguém fique rico. Ensinar é um sacerdócio. O que não pode é tanta desvalorização como aqui. Na Coreia do Sul, por exemplo, é pecado pisar na sombra deles, diz um velho ditado local. No Japão, contam que até o fim da 2ª Guerra Mundial apenas os professores podiam olhar para o imperador, tamanha reverência da sociedade por eles.
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No Brasil, a data de 15 de outubro surge como reverência ao professor porque no mesmo dia de 1827 Dom Pedro I decretava que escolas de “primeiras letras” deveriam ser abertas nas cidades brasileiras. Logicamente que isso não foi feito na profusão necessária. Entramos então no ano de 1900 com a maior parte da população brasileira ainda analfabeta, enquanto nos EUA, na Inglaterra e na Alemanha, por exemplo, os índices de alfabetização já eram surpreendentes. Passaram-se mais de cem anos e nossa educação continua problemática, para dizer o mínimo. Este tem que ser o nosso foco.
Minha intenção, neste texto, é dar parabéns aos professores que, apesar dos pesares, ensinam com ética, vontade e sem doutrinação em sala de aula. Este último item merece observação especial. Utilizar a escola para doutrinar é um crime. Formar zumbis que repetem chavões totalitários sem racionalizar é uma distorção que muitos professores cometem. Parabéns aos mestres que, além de ensinar a matéria, fazem os alunos pensarem de verdade, com plena liberdade e altivez, mostrando que se existiu um Marx também existiu um Mises. Que se existiu um Lênin, houve um Churchill. Que se existiu um Rousseau, também passou por aqui um Burke. É assim que se faz uma educação verdadeiramente libertadora do indivíduo, dando a ele condições de pensar livremente e sem amarras.
Enfim, nossos mestres têm extrema importância na sociedade. São indispensáveis para o presente e o futuro. Aos que trabalham com afinco, dedicação e isenção, todo o meu carinho, apreço e admiração.