Oi amigos, tudo bem? Definitivamente, as coisas não aconteceram como eu havia planejado em Mid Ohio, no domingo que passou. Pelos testes que eu havia feito semanas antes e com a evolução do acerto conseguido durante os treinos livres, minha certeza de que conseguiria um bom resultado aumentou mais ainda. É verdade que a classificação não foi tudo aquilo que poderia ser. Realmente, eu tinha chance de largar mais na frente, mas mesmo com uma dificuldade que apareceu na hora em termos de equilíbrio, fiquei com o 7º melhor tempo. O problema foi logo resolvido e fui para a corrida com um planejamento preciso para lutar pela vitória ou pelo menos com um pódio. Mas, infelizmente, um acidente estragou tudo.
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Eu tinha uma visão tão ampla da corrida que, para ser honesto, preferi não arriscar na largada e encarei com muita naturalidade o fato de cair para 9º após a bandeira verde. Com 90 voltas pela frente, sabia que tinha carro para buscar posições e colocar em prática a estratégia traçada, que consistia em largar com pneus macios. Antecipei meu primeiro pit para a volta 14 e voltei momentaneamente em 15º, com o Scott Dixon atrás de mim. Foi aí que aconteceu todo o problema da volta 16.
Eu tenho convicção de que não cometi erro algum naquele acidente com o Dixon. Foi uma pena o que aconteceu, pois atrapalhou a minha corrida e a dele. Eu tinha a preferência da curva porque estava claramente na frente dele. Ali não tinha espaço para ele tentar a ultrapassagem.
O resultado foi que precisei ir novamente para o pit e, quando voltei, estava em 21º e com uma volta de desvantagem em relação ao líder. Para completar o quadro, com a pancada que o Dixon me deu, acabei com o volante desalinhado. Tenho certeza de que vocês podem imaginar o que é isso. Se para a gente, na estrada e em linha reta, já é desconfortável estar sem o alinhamento correto, calculem numa pista rápida e exigente como Mid Ohio. Apesar do sufoco, consegui ir recuperando, descontei a volta de desvantagem e fechei a prova em 15º.
Claro que não fiquei contente, mas o negócio é seguir em frente e buscar com todas as forças recuperar o tempo perdido nas provas restantes. São quatro etapas, incluindo a do Texas, que foi interrompida em junho por causa da chuva e será completada agora no dia 27 deste mês. Antes, teremos a disputa de Pocono no dia 21. Depois, em setembro, o campeonato será encerrado com a provas de Watkins Glen (4) e Sonoma (18). Continuo em 3º no campeonato e tenho fé de que vou chegar na última corrida entre os candidatos ao título.
Forte abraço e vamos que vamos!
Helio Castroneves, 38, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 27 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputará em 2013 sua 16ª temporada na categoria e 14ª pelo Team Penske.