O trágico desempenho do governo Dilma na economia é evidente, mas a noção exata da falta de confiança dos investidores é atestada pelo chamado “risco Brasil”. Divulgado pelo banco de investimentos americano JP Morgan, o índice triplicou no governo Dilma: saltou de 181, em 3 de janeiro de 2011, para 532, no primeiro dia útil de 2016. Quanto maior o índice, mais arriscado comprar títulos brasileiros.
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Referência
O índice foi criado para classificar países quanto ao nível de risco e se baseia nos títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA, de “risco zero”.
Tendência de alta
A paralisia do governo Dilma e a ameaça do impeachment fizeram o risco Brasil mais que dobrar em 2015: era 264 em janeiro do ano passado.
Efeito Lula
O medo de Lula em 2002 não afetou só o dólar. O risco Brasil chegou ao nível mais alto da história na semana antes da eleição: 2.436.
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No início, analistas derrubaram o risco Brasil para 136, achando que o governo Dilma seria austero, mas logo descobririam a mentira.
Vereador, no máximo
Após meses ameaçando desfiliação, Gabriel Chalita resolveu ficar no PMDB. Negociava virar vice Fernando Haddad (PT), mas o PCdoB, que é dono do emprego, não gostou. Deve ser candidato a vereador.
DF: professores têm 1 milhão de folgas por ano
A população do Distrito Federal soma 2,8 milhões de pessoas, cujo esforço para gerar impostos é drenado quase exclusivamente a pagar os salários dos cerca de 220.000 servidores. Incluindo os professores, que, apesar da maior média salarial do Brasil, maior até que de estados ricos, como São Paulo, ainda apresentam “atestados médicos” que lhes garantem mais de 1 milhão de dias sem trabalhar, todos os anos.
Pobre São Paulo
Vencimentos básicos de professor público do DF somam R$ 3.182,57, sem gratificações e vários etc. Em São Paulo, bem menos: R$ 2.415,89.
‘Epidemia’ localizada
A “epidemia” que desfalca o magistério público, no DF, não contamina o setor privado, onde as licenças médicas têm números insignificantes.
Expurgar para reduzir
O governo do DF agora “expurga” alguns tipos de licença médica para divulgar uma “redução” nos afastamentos para a casa dos 700 mil.
A conta é nossa
A conta dos cartões de pagamento do governo federal, os cartões corporativos, superou os R$ 56 milhões em 2015. A Presidência torrou quase R$ 6 milhões. E tudo em segredo, sem ter que declarar gastos.
Piso de ministro
Só os vencimentos do ministro Aloizio Mercadante (Educação) seriam suficientes para pagar o piso salarial de 13 professores. E ainda sobraria um troco para almoçar num restaurante a quilo.
Achaque cruzado
Com a proibição de doações empresariais, aspones comissionados de parlamentares do PT são pressionados a se filiar à sigla, de olho no “dízimo” que é cobrado de petistas com boquinhas no serviço público.
Time reforçado
Aliado de primeiro hora de Eduardo Cunha, o deputado André Moura (PSC-SE) pode desembarcar no PMDB. Cunha tenta levá-lo para o partido para melar a reeleição do líder Leonardo Picciani.
Mandou bem
Em Brusque (SC), o prefeito Roberto Prudêncio Lopes (PSD) descobriu que há vida sem boquinhas: substituiu 240 comissionados, incluindo os secretários, por servidores de carreira. Poupará R$ 1,5 milhão ao mês.
Crime que compensa
Quando o assunto é polícia, Alberto Fraga (DEM-DF) não tem pena dos cofres públicos. Projeto do deputado defende que policiais expulsos da corporação tenham direito a pensão militar.
Deputado golfista
O deputado Luiz Nishimori (PR-PR) aprecia esportes refinados. Resolveu apresentar projeto isentando de impostos de importação todos os artigos voltados à prática de golfe.
Ladeira abaixo
Ações da Petrobras já caíram 22% este mês, e sexta foram negociadas a R$ 5,17. Nesse ritmo, antes do fim do mês valerão menos de US$ 1.
Com Gabriel Garcia, Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos