Vem aí a ‘reforma ministerial’ do impeachment
A presidente Dilma já começou a negociar com o aliado Renan Calheiros um novo ministério em que será marcante a influência do Senado. É a consequência da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condiciona à aprovação dos senadores o afastamento da presidente por 180 dias, para posterior julgamento. Para se garantir no cargo, bastará a Dilma entregar todo o governo ao Senado.
Todo poder ao Senado
O vice Itamar Franco entregou seu governo provisório de 180 dias a senadores que julgariam Fernando Collor ou a indicados deles.
‘Renan-dependência’
Com Michel Temer e Eduardo Cunha fora, Renan Calheiros é o aliado principal de Dilma no PMDB. Ela pagará um preço elevado por isso.
Apoio vai custar caro
Além dos cargos e do mando no governo Dilma, Renan também exige que Dilma atenda os pedidos de dinheiro do governo de Alagoas.
Impeachment já era
Líderes de oposição não o admitem em público, mas já dão como “inviável” o impeachment, apesar da vontade da maioria da população.
Empresários ligados a Lula têm destino trágico
Experimentam destino dramático os três maiores empresários que prosperaram à sombra de Lula, de quem se fizeram amigos íntimos e acabaram vitimados pelo famoso “pé-frio” do ex-presidente. Eike Batista, quem diria, antes considerado o oitavo homem mais ricos do mundo, hoje foge de credores (e de oficiais de Justiça) como o diabo da cruz. E tem razões para comemorar: ao menos, ele não foi preso.
Vaca foi pro brejo
O pecuarista José Carlos Bumlai, um dos homens mais ricos do Centro-Oeste, também teve destino trágico: está preso no âmbito da Lava Jato.
A banca do distinto
André Esteves, banqueiro favorito de Lula, foi preso. Ganhou habeas corpus, mas é forte a chance de ganhar uma longa pena de cadeia.
Dois empreiteiros
Também acabaram na cadeia os empreiteiros favoritos da era Lula, de quem se fizeram amigos: Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro (OAS).
Custo Brasil
Um projeto na Câmara aumenta ainda mais os vencimentos de servidores concursados que recebem até R$ 30 mil por mês, alegando que “estão defasados” em relação ao Senado.
Mantendo o otimismo
O impeachment de Dilma não sai da pauta política. “Para o governo, o processo é ruim de qualquer forma”, garante o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). “Ninguém aguenta mais este governo”, diz.
Analgésico
“O (deputado) Leonardo Picciani passará as férias com dor de cabeça”, avalia o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) sobre a situação do líder da bancada, que deve sair do cargo em fevereiro.
De vice para ex-vice
Michel Temer e José Sarney estão cada vez mais próximos. O vice enxerga no ex-vice que virou presidente uma ponte para tentar reduzir a eventual resistência de senadores ao impeachment de Dilma.
Faltou cautela
“Eu teria agido com mais prudência”, avalia Ricardo Izar (PSD-SP), ex-presidente do Conselho de Ética, sobre o processo contra Eduardo Cunha. O processo votado nesta semana vem sendo questionado.
Trabalho hercúleo
Deputados do PMDB ironizam a tentativa de senadores e de Jorge Picciani (RJ) de tomar de Michel Temer o comando do partido. Definem a proposta como “pior do que os 12 trabalhos de Hércules”.
Jogo empatado
A oposição tenta manter o otimismo após a decisão do Supremo Tribunal Federal que “matou” o impeachment de Dilma. “No campo da democracia, o jogo não acabou”, diz Paulinho da Força (SD-SP).
Partido sem mulheres
Apesar da denominação. o Partido da Mulher Brasileira (PMB) tem apenas duas mulheres na bancada de 23 parlamentares. O mais novo integrante do partido é o senador Hélio José (DF), ex-PSD.
Pensando bem…
…se índice de inflação valesse como aprovação, Dilma estaria melhor. A inflação fechou 2015 em 10,7%; ela, empacou nos 9% de aprovação.