A caxumba, como se diz, não “desce”. O vírus que causa a doença pode afetar várias partes do organismo independentemente de abusos ou repouso absoluto. Portanto, não é eficaz colocar aquele imenso lenço envolvendo o queixo para evitar que a caxumba “desça”.
Quando ocorre aumento das parótidas, o vírus já circulou por todo o corpo, infectando os tecidos. Sabemos que o vírus da caxumba tem grande atração por glândulas e tecido nervoso, e as complicações podem ocorrer independentes de tratamento ou do uso de enormes lenços.
Imunização
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Após um indivíduo contrair caxumba, ele ficará imunizado contra a doença, ou seja, não há chance de ter essa doença novamente. Mas fique atento: nem todo aumento das parótidas é pelo vírus da caxumba e isso explica o mito de que a pessoa teve caxumba duas, três ou mais vezes. Citomegalovírus, mononucleose e parainfluenza são exemplos de vírus que podem causar parotidite (inflamação da parótida) e que podem ser confundidos com caxumba. A caxumba não afeta apenas crianças e quando ocorre em adultos costuma ser mais grave, com maior potencial para complicações como inflamação no pâncreas (pancreatite), testículos, ovários e meningite viral.
Dicas do bebê
Para evitar a caxumba nos pequenos, recomenda-se, pelo menos, duas doses da vacina com intervalo mínimo de um mês, após um ano de idade. A vacina é segura, eficaz e está disponível nos postos públicos de saúde. Fique bem, cuide-se bem!
Professor de Medicina e diretor geral do Instituto de Pediatria da UFRJ (IPPMG/UFRJ), Dr. Edimilson Migowski escreve às quartas-feiras.