A devoção de empreiteiras ao ex-presidente Lula coincide com o início do “petrolão” em seu governo. Enquanto montavam os esquemas revelados pela Operação Lava Jato, Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Estre Ambiental financiavam “Lula, o filho do Brasil”, filme de 2010 que bajula o político do PT. E faturariam mais de R$ 6,8 bilhões entre 2004 e 2015 na era Dilma, segundo o Portal da Transparência.
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Retorno garantido
A empresa de Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato, foi a que mais faturou no governo Dilma: quase R$ 3,9 bilhões.
Propinoduto
A Estre Ambiental, uma das patrocinadoras do filme, é acusada de pagar propina de R$1,4 milhão ao ex-diretor Paulo Roberto Costa.
Tem mais
A JBS Friboi, maior financiadora da campanha eleitoral de 2014, e até a EBX, do ex-bilionário Eike Batista, deram dinheiro para o filme.
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Número 1
A cervejaria Brahma ajudou a bancar o filme. “Brahma” foi o codinome usado pelo ex-presidente da OAS Leo Pinheiro para se referir a Lula.
PMDB prepara terreno para deixar o governo
O vice-presidente Michel Temer abriu as “portas da infidelidade” da bancada peemedebista, que trabalha para aprovar, no congresso nacional do partido, o rompimento com o governo Dilma e o PT. Denunciado pelo Ministério Público, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, articula antecipar a convenção de novembro para outubro. Com Temer fora da articulação, o PMDB já pensa na transição do governo.
Barco furado
Na Câmara, a avaliação é que até o ex-presidente Lula abandonará Dilma. Com Aloizio Mercadante, o governo afundará. E rápido.
Precedente
Osmar Terra (RS) lembra que na convenção do partido, em 2014, 42% defenderam não apoiar Dilma. “A situação piorou”, diz o deputado.
Orelha em pé
PP e PSD reconhecem a dificuldade. “Sem Temer, não funciona a articulação”, afirma Dudu da Fonte (PP-PE).
É a pindaíba
A Aeronáutica oficialmente se recusa a explicar a decisão de eliminar um dia útil na semana: agora, a carga horária da Força Aérea Brasileira é de segunda a quinta, de 8h às 17h. E a sexta-feira será eterna folga.
Cabo de guerra
Marta Suplicy e Gabriel Chalita acertaram uma trégua sobre o rumo do PMDB-SP em 2016. Nos bastidores, segue tudo igual. Marta faz lobby com vereadores e Chalita, grudado no prefeito Fernando Haddad (PT).
Efeitos da crise
Em Florianópolis, pesquisa do Instituto Paraná mostra que a rejeição à presidente Dilma é pior entre os eleitores com ensino fundamental, 81,9%, quando comparado aos eleitores com ensino superior, 80%.
Assunto proibido
O ministro Gilberto Kassab (Cidades) garantiu a empresários, semana passada, que a crise econômica será debelada. Mas ao ser perguntado sobre Dilma, ele se esquivou: “Conversamos em outro momento…”
O piloto sumiu
Dilma deveria considerar seu governo, e não Eduardo Cunha, o maior problema: 157 mil desempregados em julho, a inflação explode, caem os investimentos e a confiança nela se aproxima de zero.
Linha de batalha
O governo conta votos no plenário da Câmara: para aprovar projetos de lei, precisa arrumar no mínimo 257 votos favoráveis; para barrar o impeachment de Dilma, terá de garantir 200 votos contra a proposta.
Mudou a cara
A CPI do BNDES ouve esta semana o presidente do banco, Luciano Coutinho. Ele abandonou a atitude arrogante, negando documentos e informações até ao TCU, e agora usa modelito “paz e amor”.
Vai que é tua, Dilma
Eduardo Cunha brincava com buzinaço de funcionários do Judiciário, que pediam a derrubada do veto de Dilma ao reajuste dos servidores. “Então não é para mim (o buzinaço)”, brincou o presidente da Câmara.
Pensando bem…
… a acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na CPI, precisa de uma acareação.
Com Gabriel Garcia, Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos