Apesar de o ex-prefeito e atual deputado Paulo Maluf (PP-SP) garantir que nem ele nem membros da família têm “um tostão” fora do Brasil, relatório de gestão do ex-embaixador brasileiro em Liechtenstein Igor Kipman mostra que existiam até o início do ano, na capital do paraíso fiscal europeu, quatro fundações (White Gold, Pérolas Negras, Alyka e Abutera) cujos beneficiários são Maluf ou membros da sua família.
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O próprio
Em Vaduz, capital de Liechtenstein, a Fundação White Gold tem como beneficiário o próprio deputado Paulo Salim Maluf.
O filho
O filho do ex-prefeito paulistano, Flávio Maluf, figura como beneficiário de duas fundações: a “Pérolas Negras” e a “Abutera”.
A filha
Lígia Maluf Cury, filha do deputado federal paulista, seria a única beneficiária da Fundação Alyka, também em Vaduz, no Liechtenstein.
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Tem história
Em 2003, o MP investigou a Fundação Blackbird, no Liechtenstein, que depositou à época U$ 1,5 milhão na conta da mulher de Maluf em Paris.
CPIs se concentram em denúncias contra Dilma
A partilha do comando das três novas comissões parlamentares de inquérito (Fundos de Pensão, BNDES e Crimes Cibernéticos) foi conduzida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sob duas condições: presidentes das CPIs devem se concentrar em denúncias contra o governo Dilma e não devem ser criadas subrelatorias. O DEM, por exemplo, ganhou a presidência da CPI dos Fundos de Pensão, mas com a condição de indicar Sérgio Souza (PMDB-PR) como relator.
Discurso alinhado
Os presidentes das CPIs são eleitos. Os oposicionistas terão apoio do PMDB, mas terão que indicar os relatores determinados por Cunha.
PT isolado
Cunha pretende, com o veto às subrelatorias, isolar definitivamente o PT de qualquer participação em postos de comando nas novas CPIs.
Bons de bico
Os tucanos ficarão com a comissão de inquérito destinada a crimes cibernéticos, mas também com a promessa de não criar subrelatorias.
Desaprovação recorde
Pesquisa do Instituto Paraná revelou que os paulistanos não querem Dilma nem em forma de água: nada menos que 89,1% dos eleitores da maior cidade do país desaprovam o governo da presidente petista.
Quase estável
A crise hídrica pouco mudou a visão do paulistano sobre o governo estadual: a aprovação de Geraldo Alckmin caiu de 47,9% em junho de 2014 para 47%; a desaprovação passou de 47,8% para 49,5%.
Corrida contra o tempo
Desesperados com a indicação de Ricardo Fenelon ao cargo de diretor da Anac, funcionários da agência criaram abaixo-assinado que já tem 5,2 mil assinaturas contra o indicado de Dilma. Ele é genro do senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE). A sabatina está marcada para hoje.
Perdeu, Dilma
Para integrantes da bancada peemedebista, a criação das novas CPIs é “mais um teste de força” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, antes de uma possível votação do impeachment de Dilma no plenário.
Baixa adesão
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), pedia apoio contra projetos que aumentam gastos do governo. Circulava no Congresso com abaixo-assinado, mas os deputados não se animaram.
Suspeita confirmada
O IBPT analisou milhões de notas fiscais e verificou que esquemas em licitações levam órgãos públicos a pagar 17% mais que o setor privado em compras: o superfaturamento desde 2012 foi de R$ 4,68 bilhões.
Promessa de fidelidade
Em “lua de mel” com Eduardo Cunha, os tucanos resolveram não cobrar satisfações sobre seu envolvimento na Lava Jato. “A crise não está no Congresso, mas no governo”, disse Bruno Araújo (PSDB-PE).
Fim da encrenca
Vice-presidente e articulador-geral do governo Dilma, Michel Temer deve ficar por mais dois meses na articulação política do governo. Depois, a tarefa voltará a ser de responsabilidade da Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Temer respira aliviado com a decisão.
Pensando bem…
… após tantas prisões na Lava Jato, a Polícia Federal bem que poderia criar um programa de fidelidade para as figurinhas repetidas.
Com Gabriel Garcia, Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos