Em sua prestação de contas, que deve ser rejeitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no próximo dia 5, o governo Dilma “escondeu” dívidas de R$ 270 milhões junto a bancos oficiais, como Caixa e Banco do Brasil, na tentativa de camuflar ou “apagar as provas” do crime das “pedaladas”, punido pela Lei de Responsabilidade Fiscal – que consiste em fazer bancos oficiais financiar programas sociais do governo.
Dura lex sed lex
O crime das pedaladas é tão claro, para técnicos e ministros do TCU, que não há clima para nem sequer uma “aprovação com ressalvas”.
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Dourando a pílula
Integrante da “bancada governista” no TCU tenta convencer os colegas a “dourar a pílula”, substituir a palavra “rejeição” por outra, mais amena.
Novo paradigma
O TCU vai usar a rejeição das contas de Dilma para estabelecer novo paradigma no trato das contas públicas e afirmar independência.
LRF é só um bebê
O governo alega que “pedaladas” são praticadas desde 1992. Esquece que de lá para cá surgiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Obstrução no Senado
O senador Petecão (PDT-AC) decidiu obstruir a votação para indicação de embaixadores, caso o governo Dilma não resolva a questão dos refugiados bolivianos, que enfrentam grandes dificuldades no Brasil.
2015: Governo pagou
R$ 218 milhões em diárias
O governo Dilma torrou, apenas até maio deste ano, R$ 218 milhões em diárias para funcionários públicos. A Anvisa desbancou o INPE, “campeão” de 2014, e emplacou 13 dos 15 maiores “diaristas” do governo; eles faturaram, em média, R$ 54 mil cada. O governo gastou, em 2014, R$ 1 bilhão com diárias, que são pagas como “compensação” para gastos de servidores para cada dia de viagens de trabalho.
Lei amiga
Segundo a lei, diárias só são concedidas para indenizar o servidor por despesas extras com “pousada, alimentação e locomoção urbana”.
Só um contrato
Dentro do programa de Aperfeiçoamento do SUS, da Anvisa, só um dos contratos destinou R$ 800 mil para diárias da agência em março.
Tudo na nossa conta
Os funcionários que mais receberam diárias do governo gastaram mais de R$ 804 mil até maio. Todos no exterior e “aperfeiçoando o SUS”.
Morte no Jaburu
O vice Michel Temer tomou um baita susto, pela manhã, durante sua caminhada matinal nos jardins do Palácio Jaburu, onde mora: ele ouviu um tiro. Em seguida soube que um sentinela do Exército se matara.
Pode, MPF?
O governo Dilma já não divulga seus gastos com cartões corporativos há dois meses. Até abril, já havia torrado R$ 14,3 milhões com essa forma de pagamento. Tudo secreto, a pretexto de “segurança nacional”.
Saia justa
Petistas gaúchos já não sabem como lidar com a presença e o poder do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), no governo Dilma. Ele incomoda de Tarso Genro a Miguel Rossetto. Na oposição, o PT o chamava de “Eliseu Quadrilha”. Mas a “quadrilha” era outra.
Cidadão brasiliense
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) virou morador de Brasília. Alugou casa e se mudou “de mala e cuia” com a família para a cidade. Está encantado com a rotina de convivência com os filhos Julia e Bernardo.
Queimando pontes
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) empenha-se em queimar pontes: já deixou claro ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que não atenderá suas recomendações de inclusão de diplomatas no quadro de acesso. Só Marco Aurélio Top-Top tem essa prerrogativa.
Ufa, escapou
O ministro Joaquim Levy não viajou com Dilma para Ufá, na Rússia. Preferiu cuidar da saúde. Alexandre Tombini, do Banco Central, está lá há dias e assinou a ata do novo banco, uma espécie de “FMI do B”.
Crise viajando
Dilma, a “d. Crise”, encontrará outros países em dificuldades, na cúpula do Brics, mas caindo feio nos indicadores e com forte crise política e moral no fundo, apenas o Brasil. A crise russa é coisa do embargo econômico. E a China reduziu sua velocidade de crescimento.
Questão de trabalho
O governo jamais será beneficiado pela própria medida de reduzir a jornada e os salários de funcionários de empresas: é que poucos trabalham por lá.
Com Gabriel Garcia, Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos