O prefeito de Americana, Omar Najar (PMDB), radicalizou ontem e vai demitir 800 servidores concursados. A crise econômica do município e o descumprimento da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que determina que o poder público comprometa 54% da receita do município com o custeio da folha de pagamento, são os motivos da decisão. Hoje o pagamento dos vencimentos do funcionalismo público consome 65% da receita. Segundo o secretário de Negócios Jurídicos, Alex Niura, o corte irá promover uma economia de R$ 3 milhões ao mês aos cofres públicos. A prefeitura gasta R$ 30 milhões mensais para pagar os salários dos 6.047 servidores. Ele garantiu que a Constituição Federal e uma lei estadual permitem a exoneração quando há infração à LRF. Ele disse que a gestão, antes dessa decisão, já adotou outras ações, como a demissão de servidores comissionados e redução de 23 para 11 secretários. Najar foi eleito em dezembro do ano passado após a cassação de Diego Denadai (PSDB) pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral), que foi condenado por irregularidades na prestação de contas da campanha. Há suspeita de uso de caixa 2.
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Alegria, alegria
A liminar da Justiça Federal, que reduziu de R$ 4,5 milhões para R$ 986 mil a parcela da dívida da Prefeitura de Campinas com o governo federal, foi comemorada como gol de um grande jogo lá pelas bandas do Palácio dos Jequitibás, sede do governo municipal. Os secretários não escondiam a satisfação, já que a coisa está feia em relação à arrecadação. E o prefeito Jonas Donizette (PSB) viajou para Londres. Irá falar de mobilidade e do BRT, que ainda não foi implantado.
Rose Guglielminetti escreve no Metro Jornal de Campinas