Olá amigos do Metro, tudo bem? Depois de toda a tensão que a gente viveu na semana de preparação para o Qualifying e as mudanças determinadas pela IndyCar, a categoria conseguiu cumprir a classificação no domingo sem incidentes. Como vocês se recordam, o meu acidente e o do Josef Newgarden deixaram todos nós com a “orelha em pé”, mas foi o do Ed Carpenter, na manhã de sábado, a gota d’água.
Os fabricantes dos kits aerodinâmicos disponibilizaram para as equipes uma versão de corrida e outra de classificação. Além disso, houve um ganho de potência da ordem de 40cv, tudo isso previsto pelo regulamento. No mesmo treino em que o Carpenter bateu, eu fui o mais rápido com 375 km/h de média. Isso representou a volta mais rápida em Indianápolis no século 21 e a mais rápida dos últimos 19 anos. Isso também ajudou a direção de prova a decidir pelas mudanças.
O que chamou a atenção de todos não foram os acidentes propriamente ditos, pois num oval eles podem acontecer. O diferente na história toda foi a reação dos carros. Nos três casos eles decolaram e capotaram. Foi por isso que a IndyCar limitou o uso de apenas um único kit para classificação e corrida, além de tirar essa potência extra. Houve, sim, uma perda de velocidade média, qualquer coisa em torno de 13 km/h, mas eu apoio 100% as medidas porque tem a ver com segurança, que é a grande prioridade da categoria.
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Para uma corrida tão longa, largar em 5º não está nada mal e o ponto positivo foi o equilíbrio demonstrado pelo Shell V-Power Nitro+ Team Penske Chevrolet #3. Minhas voltas foram praticamente idênticas. Tenho certeza que a Penske vem forte. Conseguimos colocar três carros nas duas primeiras filas e isso é uma amostra do que a gente pode fazer.
Ontem fizemos o nosso penúltimo treino livre e hoje estou aqui na cidade de Bristol, para promover a corrida. Nossa última atividade de pista antes da corrida será na sexta, 22, com o Carb Day e a tradicional competição de pit stop. Em meio a isso tudo são várias as atividades promocionais. No sábado teremos a Indy Parade, pelo centro de Indiánapolis e, no domingo, com transmissão ao vivo da Band, a 99ª edição da Indy 500.
Forte abraço e espero estar aqui na semana que vem com boas notícias sobre a corrida. Vamos que vamos!
Helio Castroneves, 40, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 29 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputa em 2015 sua 17ª temporada na categoria e 15ª pelo Team Penske.