A monumental Muralha da China demorou mais de mil anos para ser construída e a “Muralha Azul”, para conquistar dois brasileiros seguidos e o tetra, precisou de pouco tempo. Um privilégio de poucos. Fábio, um dos dois melhores goleiros do Brasil, mais uma vez, fez a diferença. Rafael e Elisson são o futuro. Na lateral-direita, o poder da dupla, “dois em um”. De um lado, a velocidade e a juventude de Mayke e, do outro, a experiência e a marcação do professor Ceará. Na esquerda, simplesmente o melhor lateral do Brasil: Egídio. Samudio, mesmo devendo, foi um guerreiro. Na defesa, um pelotão que trabalha junto, sem estrelismo e em busca do mesmo ideal: Léo, Dedé, Manoel, Bruno Rodrigo e Alex.
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No meio, a elegância do George Clooney celeste, o garoto Lucas Silva. O mais persistente e obstinado do grupo, Henrique. Foi oferecido para jogar em outro clube e disse: não! Confiava em seu futebol e tornou-se fundamental. A explosão e a entrega do “Monstro Azul”, o Niltão, marcante pela vontade de vencer. Um jogador encarnou o máximo do profissionalismo, vivendo problemas familiares, não abandonou o barco. A vontade de vencer falou mais alto e Willian Farias é um exemplo de profissionalismo. Esquecer o Tinga? Não! Um dos líderes deste grupo. E claro, o promissor Eurico!
JB ficou devendo, mas sempre enalteceu o grupo e nunca reclamou de nada. Dagoberto, importante demais no ano passado e neste ano, se não foi o mesmo, ainda é uma referência! A identificação máxima junto ao torcedor vem com Willian, além do grande futebol, o baixinho colocou um bigode no rosto da China Azul. O mais atrevido de todos e a revelação, Alisson, talento puro. Marquinhos foi incansável e soube dar a volta por cima em sua carreira. Marlone e Neilton são as esperanças para o ano que vem. No caso de Borges, infelizmente as contusões o tiraram de cena. Moreno e uma química impressionante com o Cruzeiro. Aqui, ele se transforma e se torna o guerreiro artilheiro. E os homens da Seleção Brasileira! A qualidade e a técnica do craque Everton Ribeiro. Ao seu lado, Goulart, o “Rambo das Gerais”. Raça e talento em um único jogador.
O comando foi do competente e trabalhador Marcelo Oliveira. Na diretoria, Alexandre Mattos, “o cara”, um dos nomes destas conquistas. O ousado Marcone Barbosa, o eficiente Guilherme Mendes, Valdir Barbosa, Benecy Queiroz, Bruno Vicintin, Robson Pires e o Dr. Gilvan que aprendeu a manejar o futebol como poucos. Parabéns à torcida e ao Cruzeiro! Conquista justa, histórica e inesquecível!
Junior Brasil é comentarista esportivo da rádio Itatiaia e da TV Band Minas, professor universitário, mestre em administração e cobriu a Copa do Mundo da África. Escreve no Metro Jornal de Belo Horizonte