Com a inauguração do belo Allianz Parque, do Palmeiras, o Santos ficou definitivamente atrás dos outros grandes de São Paulo no quesito estádio. O clima efervescente de eleições no Alvinegro Praiano, marcadas para 6 de dezembro, reacende as discussões sobre o tema.
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Há quem prometa ampliar a Vila Belmiro; quem propõe um rodízio, meio a meio, entre ela e o Pacaembu, e até os que sonham com uma nova arena. Mas o que seria, mesmo, melhor para o Santos?
Os tradicionalistas não têm dúvida: para eles, a Vila é a casa do Peixe. Sim, mas se dependesse só dela, o grande Santos não teria existido, pois o público médio no estádio sempre foi pequeno e o time precisava jogar de dois a três meses por ano no exterior para angariar dólares suficientes para manter Pelé & Cia. Hoje o público é ainda menor e não se pode buscar dinheiro lá fora.
Os realistas falam em se jogar mais no Pacaembu, onde o comparecimento dos santistas é maior. E há os visionários, que acreditam na viabilidade de uma nova arena, moderna e lucrativa, que daria ao Santos a visibilidade que ele tem perdido.
Não é fácil decidir, mas o certo é que essa indecisão deixou o Santos defasado. O fato de poder jogar em duas cidades, o que deveria ser uma vantagem, tornou-se um dilema que o santista não consegue resolver. E enquanto patina, os outros seguem adiante.
Odir Cunha é jornalista multimídia com 38 anos de experiência, dois prêmios Esso e três da APCA. Escritor com 21 livros publicados, 10 deles sobre o Santos, é editor da Editora Magma Cultural, editor de conteúdo do Museu Pelé e dono do blog http://blogdoodir.com.br/ Escreve no Metro Jornal de Santos