Trabalhadores que usaram o dinheiro do FGTS para comprar ações da Petrobras em 2000 injetaram R$ 1,61 bilhão na estatal, mas o que deveria ser grande investimento gerou perdas de 62,4% ao trabalhador. Ações que chegaram a valer R$ 103 em 2008 sucumbiram à avareza dos envolvidos no esquema do Petrolão e perderam 88,5% do valor, e chegaram a ser negociadas no pregão desta quinta a míseros R$ 12.
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Prejuízo
Mais de 312 mil pessoas investiram 50% do FGTS em ações da Petrobras. Tudo foi corroído e ainda saíram devendo: 144,3%.
Ladeira abaixo
Como nada é tão ruim que não possa piorar, as ações da Petrobras caíram 13,2% uma semana depois da prisão dos empreiteiros.
Cena patética
Inocêncio Oliveira (PP-PE), o “guardanapo” (porque não sai da Mesa), oferecia a tribuna sem inscrição, ontem, para se manter na TV Câmara.
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Cobrança
Agora que dobrou a bancada para 20 deputados, o PRB espera faturar algo melhor que o inexpressivo Ministério da Pesca.
Petroleiros suspeitavam
de Duque desde 2010
É antiga a rixa do Sindicato dos Petroleiros com Renato Duque, o ex-diretor da Petrobras preso na Operação Lava Jato: o Sindipetro-RJ atribuiu a ele prejuízo de
US$ 1 bilhão no afundamento da plataforma P-36, que em 2001 matou 11 trabalhadores. Na denúncia ao Ministério Público Federal, o sindicato denunciou negócios do diretor, que chegou na Petrobras com José Dirceu, na era Lula. Ninguém foi punido.
Homem de visão
A plataforma foi construída pela Marítima, do brasileiro-colombiano Germán Efromovich, que venceu 9 licitações na era Renato Duque.
Parte do butim
Preso pela PF com o ex-diretor, o gerente Pedro Barusco, responsável pela construção da P-36, já aceitou devolver US$ 100 milhões.
Fim da linha?
A delação premiada de Pedro Barusco pode tirar seu chefe Renato Duque dos holofotes, mas pode significar até o fim da linha para o PT.
O Peru é longe
A Lava Jato derruba os executivos, mas não as obras bancadas no exterior pelo BNDES, poupado até agora: só um trecho do Corredor Ferroviário Interoceânico Sul (Peru-Bolívia-Brasil) rendeu US$ 890 milhões à Camargo Corrêa, à Andrade Gutierrez e à Queiroz Galvão.
Operação Rivotril
Bateu o pânico na Engevix em Florianópolis (SC), após a Lava Jato: um diretor negociou a concessão do aeroporto de Brasília, o outro foi alvo da Operação Ave de Rapina, da PF, de desvios em prefeituras.
Palavra de político(a)
Em política, como no futebol, treino é treino, jogo é jogo: após “acusar” adversários de ligações aos bancos, desde a reeleição Dilma importuna banqueiros oferecendo-lhes o cargo de ministro da Fazenda.
Fica, Trabuco
Amigos e tietes de Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, cogitavam pedir em coro, na porta do banco, para ele não cometer o desatino de aceitar o cargo de ministro da Fazenda de Dilma. Não foi necessário. Ele não é do tipo que comete desatinos.
Dinheiro não tem partido
No Brasil, desmoraliza-se até a corrupção: no escândalo em Rondônia, o opositor Expedito Junior participava do suprapartidário “fundo da propina” mantido por fornecedores para o governador Confúcio Moura.
O encontro das águas
Citados na falcatrua de R$ 7 milhões do plano de saúde dos Correios no Rio, Daniel de Melo Nunes é quadro histórico do PT e presidiu o sindicato da Cedae, onde teria “bagunçado” o plano dos servidores; Arlando Arzua é ligado a ex-secretário, dono de estacionamentos.
O caneco é nosso
Esta coluna divide com suas fontes e seus leitores a renovada alegria pelo Prêmio Engenho 2014 de “Melhor Coluna”, conferido nesta quarta (19), em Brasília. Também recebemos prêmio idêntico em 2013.
Juízo final
Amigo do ex-presidente e advogado de 9 de cada 10 bandidos da era Lula, Márcio Thomaz Bastos morreu no ocaso do seu PT, e no Dia da Consciência Negra. Místicos não diriam que foi coincidência.
Contagem repressiva
Conclusão acertada no Twitter ontem: “Do jeito que a PF está prendendo, o PT vai acabar sem militância”.
Com Ana Paula Leitão e Teresa Barros
www.claudiohumberto.com.br