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Os milagres vivem dentro de nós

odir-cunha colunistaConheci o histórico estádio das Laranjeiras quando fazia o trabalho de Unificação dos Títulos Brasileiros, ao lado de José Carlos Peres. A tribuna do presidente da República; as portas estreitas e baixas, pois as pessoas não eram tão altas e volumosas… Emocionei-me ao lembrar que ali Friedenreich fez o gol contra os uruguaios que deu ao Brasil o seu primeiro título importante: o Sul-americano de 1919. Imaginei quantas vitórias memoráveis o Fluminense não obteve naquele velho e lindo estádio.

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Mas os tempos mudaram e as maiores conquistas do tricolor carioca surgiriam no imenso Maracanã. Pois a magia, o encanto, o milagre, não estão no cimento, na argamassa, ou na arquitetura de um estádio de futebol, mas dentro dos jogadores e torcedores, que na hora sagrada da partida se unem por um fio invisível de amor e coragem – como vimos na quarta-feira, no Mineirão, onde o Atlético fez o que também faz no Estádio Independência.

Nosso Santos também já fez os seus milagres: no Maracanã, Morumbi, Pacaembu e, é claro, poderia também faze-los na Vila Belmiro ou em qualquer outro lugar. Porque um milagre, no futebol, não é questão de arquitetura, nem está ligado a propriedades religiosas ou esotéricas. O milagre, no futebol, depende de talento, competência, persistência e trabalho. E de ingredientes misteriosos que estão dentro de nós.

Odir Cunha é jornalista multimídia com 38 anos de experiência, dois prêmios Esso e três da APCA. Escritor com 21 livros publicados, 10 deles sobre o Santos, é editor da Editora Magma Cultural, editor de conteúdo do Museu Pelé e dono do blog http://blogdoodir.com.br/ Escreve no Metro Jornal de Santos

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