Um dos principais esquemas que abasteciam de reais o “banco central” da corrupção no Brasil, chefiado pelo megadoleiro Alberto Youssef, tinha origem no exterior. Preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Youssef comprava no Paraguai, por exemplo, cujo comércio aceita reais, o dinheiro gasto pelos brasileiros naquele país, sobretudo em compras em Ciudad del Este. E trazia o dinheiro em caixas e malas.
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Toma lá, dá cá
Youssef trocava milhões de reais pelo pagamento, também no exterior, de dívidas de importadores e comerciantes paraguaios.
Longe do Coaf
Compravam-se reais lá fora pela dificuldade de fazer grandes saques em bancos do Brasil sem órgãos de controle, como o Coaf, perceberem.
O ‘banco central’
Alberto Youssef é suspeito de participar de casos de corrupção nos três níveis da administração pública no Brasil: municipal, estadual e federal.
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Velhos conhecidos
A intimidade de Youssef com o submundo no Paraguai nasceu com o escândalo das contas CC5. Ele foi sócio do Banestado naquele país.
Banco do Brasil e Petrobras censuram Wikipedia
Empresas de economia mista controladas pelo governo federal, com ações comercializadas em bolsas de valores, o Banco do Brasil e a Petrobras bloquearam o acesso dos seus funcionários à Wikipedia, a enciclopédia livre on-line. Segundo o Banco do Brasil, o acesso dos seus funcionários à internet é “um recurso de trabalho” para “atividades profissionais” e que, portanto, o bloqueio é “prerrogativa da empresa”.
Bloqueio, não: Cota
A Petrobras diz que a Wikipedia não está bloqueada para acesso dos funcionários, mas a enciclopédia entra no sistema de “cotas de tempo”.
Quase livre
A “cota” da Petrobras funciona assim: cada pessoa tem 90 minutos/dia para acessar sites bloqueados em sessões de, no máximo, 15 minutos.
Memória
A polêmica sobre a Wikipedia começou após uma alteração dos perfis de jornalistas a partir de computadores do Palácio do Planalto.
PMDB ignorado
As propostas de Dilma (PT) registradas na Justiça Eleitoral mostram o distanciamento entre a candidata e o vice Michel Temer: ele e o PMDB não são citados. Já o ex-presidente Lula é mencionado 14 vezes.
Lula no banco
Algum desavisado pode achar que Lula é o candidato a presidente pelo PT, e não Dilma. Nos programas de estreia, sobretudo no rádio, só deu o ex-presidente. Talvez para garantir a condição de eventual substituto.
Era o que faltava
A fuga do boliviano Roger Molina da embaixada em La Paz ainda envergonha os diplomatas. Antonio Simões, o “Simões Bolívar”, um dos responsáveis pelo vexame, pleiteia embaixada em país de “primeira linha”. Evitaria ficar exposto à rebordosa da sindicância sobre o tema.
Grupo fechado
A bancada do PSB no Senado se reúne nesta quarta na casa da senadora Lídice da Mata (BA) para referendar a escolha do deputado Beto Albuquerque (RS) como o vice na chapa de Marina Silva.
Vagabundagem
Praticamente de férias, a Câmara dos Deputados transforma-se rapidamente no melhor local de “trabalho” no mundo: uma sessão deliberativa foi realizada em agosto. Outra, talvez, só em outubro.
Bandejão
O almoço de Dilma com os operários da usina de Santo Antônio (RO), ontem, em nada lembra sua rotina. Em junho, o Alvorada e o Planalto reservaram R$ 172,1 mil só para renovar a cristaleira de madame.
Estatal gastadeira
A EBC, estatal recriada por Lula e conhecida como TV Traço, segue torrando dinheiro. Em dois dias, gastou R$ 610 mil no aluguel de um satélite e mais R$ 474 mil em “consultoria”.
Tá feia a coisa
Três jogadores da seleção de Dunga defendiam o Santos, em 2011, quando o Barcelona aplicou a goleada de 4×0 e conquistou o torneio de clubes no Japão. Um deles, Neymar, disse ao final da partida que o adversário – seu atual clube – havia aplicado uma aula de futebol.
Tem limite
A maior dificuldade dos políticos, sobretudo do PSB, é saber a hora de parar de explorar a morte do ex-governador Eduardo Campos.
Com Ana Paula Leitão e Teresa Barros
www.claudiohumberto.com.br