A bajulação em cima do grande astro da Seleção Brasileira já passou do ponto. Vivemos uma overdose de Neymar. Até seus companheiros de time, como Fred, estão dizendo que o Brasil terá grande chance de ganhar a Copa “se Neymar estiver bem”. Ora, isso só mostra que não aprendemos a lição. Lembra-se de Daine dos Santos?
Primeira brasileira campeã mundial de ginástica, a gauchinha embasbacou o mundo ao executar o duplo twist carpado, ou “Dos Santos” , e foi elevada a tal favoritismo para a medalha de ouro na Olimpíada de Atenas, que a Rede Globo acampou na casa da pequena estrela. Porém, alguns passinhos em falso deixaram Daiane em quinto lugar, e ela foi jogada no ostracismo.
Quem já viu Neymar de perto, sabe que o rapaz em quem o Brasil confia para vencer o mundo, tem um corpo franzino, como um graveto prestes a partir. Só mesmo sua inteligência e habilidade impediram que sofresse uma contusão mais séria na carreira. Esperar que ele, sozinho, rompa as duras defesas europeia, é esperar demais.
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Ninguém jamais ganhou uma Copa sozinho e Neymar não será o primeiro. Até porque futebol é esporte coletivo, em que uma equipe campeã precisar ser equilibrada em todos os setores do campo. E mesmo nas modalidades individuais, como a ginástica olímpica da pobre Daiane dos Santos, nada se conquista na véspera, e a pressão da mídia só aumenta o risco dos passos em falso.
Odir Cunha é jornalista multimídia com 38 anos de experiência, dois prêmios Esso e três da APCA. Escritor com 21 livros publicados, 10 deles sobre o Santos, é editor da Editora Magma Cultural, editor de conteúdo do Museu Pelé e dono do blog http://blogdoodir.com.br/ Escreve no Metro Jornal de Santos