Existem cometas que passam despercebidos... e depois há o 3I/ATLAS, o visitante interestelar que se tornou a mais recente obsessão acadêmica de Harvard. Ele não traz invasões marcianas ou sinais alienígenas confirmados (pelo menos ainda não), mas traz algo igualmente poderoso: uma questão que inquieta, provoca e divide os astrônomos.
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Uma questão que Avi Loeb — o astrofísico mais famoso por perturbar a paz da comunidade científica — acaba de colocar sem rodeios: o 3I/ATLAS é um jardineiro amigável... ou um assassino em série?
O cometa que conquistou Harvard (e desencadeou teorias ao longo do caminho)
Desde sua identificação em julho, o cometa 3I/ATLAS tem um fã número um: Avi Loeb. Isso não é pouca coisa. Estamos falando do mesmo pesquisador que sugeriu que ‘Oumuamua poderia ser tecnologia extraterrestre.
Então, quando Loeb se concentra em algo, a comunidade científica tende a levantar uma sobrancelha... ou duas. Embora não haja risco para a Terra — a distância mínima será de 270 milhões de quilômetros —, Loeb vem repetindo há semanas que o comportamento do cometa apresenta anomalias impressionantes, suficientes para levantar a hipótese de que ele possa ser uma nave-mãe tecnológica.
Entre teorias, silêncios e uma NASA que — segundo Loeb — “está escondendo coisas”
A situação se acirrou ainda mais quando a NASA entrou em paralisação temporária. Enquanto a comunidade científica aguardava notícias, Loeb declarou que a agência estava “escondendo informações”.
Mais tarde, ele amenizou a teoria da conspiração com uma frase marcante: “O atraso provavelmente não é um sinal de inteligência extraterrestre... mas de estupidez humana.”
Nada como Harvard lançando farpas interplanetárias.
A descoberta química que gerou a pergunta mais perturbadora
O que realmente levou Loeb a fazer a famosa pergunta foi uma descoberta recente do telescópio ALMA, no Chile: o composto 3I/ATLAS contém metanol e cianeto de hidrogênio.
- Metanol: um ingrediente fundamental para aminoácidos, açúcares e, portanto, para a vida.
- Cianeto de hidrogênio: um dos venenos mais letais conhecidos.
Uma combinação que, vista dessa forma, soa mais como um romance de Agatha Christie do que um objeto celeste.
Para Loeb, essa dualidade química transformou o cometa em uma questão inquietante: seria ele um veículo para a panspermia interestelar… ou um entregador cósmico de veneno?
Um encontro às cegas com o cosmos
Loeb resumiu tudo com a metáfora mais inesperada do ano: “Em um encontro às cegas com um visitante interestelar, é sensato observar seu parceiro e decidir se ele semeia vida… ou se é um assassino em série espalhando veneno.”
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Assim, com um tom quase romântico, Harvard nos lembra que o universo é enorme, misterioso e um pouco intimidador. E que, neste dia 19 de dezembro, quando 3I/ATLAS passar perto, estaremos olhando para o céu tentando decifrar se nosso visitante traz flores… ou algo muito menos amigável.

