Ciência e Tecnologia

Revelação histórica: dente de 1878 mostra que mamute-lanoso habitava área mais a leste da América do Norte do que se pensava

Um dente de mamute-lanoso encontrado em 1878 foi reclassificado utilizando a ciência moderna

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Mamutes Imagem: Pexels/Boris Hamer

Pesquisadores reclassificaram um fóssil de mamute encontrado há quase 150 anos no Canadá. Louis-Philippe Bateman, autor principal do estudo e estudante de pós-graduação no Departamento de Biologia da Universidade McGill, comparou a análise isotópica a um “tratamento odontológico de alto risco em preciosos restos fósseis”.

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Os testes revelaram que o mamute consumia vegetação típica da Era do Gelo, principalmente gramíneas e outras plantas. Notavelmente, o animal viveu durante um período interglacial (o período entre as grandes eras glaciais, livre de extensas camadas de gelo) entre 130.000 e 100.000 anos atrás, quando as temperaturas eram semelhantes às de hoje.

Mamut lanudo.
Mamute lanoso (Photo by The Print Collector/Getty Images) (Print Collector)

O dente, inicialmente catalogado como pertencente a um mamute-columbiano, é na verdade de um mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), confirmando que essa espécie habitava Nunavut, o ponto mais a nordeste conhecido do continente.


A reclassificação histórica de um fóssil de 1878

Às vezes, as descobertas mais importantes são, na verdade, redescobertas feitas nos arquivos. É o caso de um dente de mamute encontrado em 1878 em uma ilha em Nunavut, ao norte do Canadá.

O fóssil havia sido catalogado por quase 150 anos como pertencente a um mamute-columbiano (Mammuthus columbi). No entanto, um novo estudo abrangente o reclassificou como os restos mortais de um mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), a espécie mais antiga e a mais bem adaptada ao frio extremo.

MAMUT - Archivos
MAMUTE - Arquivos

Essa reclassificação é crucial porque demonstra que os mamutes-lanosos habitavam uma área significativamente mais a leste da América do Norte do que as evidências anteriores sugeriam. A descoberta em Nunavut torna-se, portanto, o fóssil de mamute-lanoso mais a nordeste do continente. A conclusão foi baseada em um reexame detalhado da morfologia do dente, apesar de seu desgaste significativo.

Análise Isotópica: Decifrando Dieta e Saúde

Para confirmar a reclassificação, a equipe de pesquisa da Universidade McGill aplicou técnicas modernas de datação de fósseis e análise avançada de isótopos estáveis.

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Os testes isotópicos revelaram que o mamute consumia vegetação típica da Era do Gelo, principalmente gramíneas. As análises sugerem que o animal viveu durante um período interglacial, um período entre as principais eras glaciais (entre 130.000 e 100.000 anos atrás), quando as temperaturas eram semelhantes às de hoje.

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Desnutrição no final da vida

Uma descoberta adicional surpreendente foi o nível de nitrogênio no dente, superior ao esperado. Segundo os pesquisadores, esse é um indicador que pode sugerir que o mamute sofreu de desnutrição no final da vida, lançando luz sobre as condições ambientais da época.

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A redescoberta desse dente histórico não apenas amplia o mapa geográfico de uma espécie extinta, como também oferece um retrato detalhado de sua dieta e saúde há mais de 100 mil anos.

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