Ciência e Tecnologia

OpenAI foi processada por violação de marca registrada devido a um recurso do Sora

Uma simples coincidência… ou uma participação especial inesperada no âmbito jurídico?

sora 2
Sora 2

Uma batalha inesperada está abalando o mundo da tecnologia e do entretenimento: a Cameo, a popular plataforma onde você pode pedir a uma celebridade para gravar uma mensagem personalizada, está processando a OpenAI por usar o mesmo nome para um recurso em seu novo aplicativo de geração de vídeos, o Sora. O problema? Segundo eles, essa coincidência não é mera coincidência e pode causar bastante alvoroço entre os usuários.

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Quando dois Cameos são demais

Tudo começou quando a OpenAI lançou o Sora, um aplicativo que permite aos usuários gerar vídeos hiper-realistas com inteligência artificial. Dentro desse aplicativo, os vídeos personalizados que os usuários criam com suas próprias imagens — ou até mesmo com celebridades — são chamados de… você adivinhou: “Cameos”.

A equipe jurídica da Cameo (a original, a verdadeira, a OG) não perdeu tempo em levantar uma sobrancelha. De acordo com o processo aberto em um tribunal federal da Califórnia, essa decisão “provavelmente causará confusão entre os consumidores” e “diluirá sua marca”.


Em resumo: eles estão dizendo que a OpenAI copiou descaradamente o nome deles.

E a melhor parte: o Sora também permite criar participações especiais com celebridades reais (como Mark Cuban ou Jake Paul), geradas por inteligência artificial. Concorrência direta? Parece que sim.

Resposta da OpenAI: “Ninguém pode ser dono da palavra ‘cameo’”

Em resposta à acusação, a OpenAI declarou — em tom calmo, porém firme — que está analisando o processo, mas que não concorda com a apropriação indevida do termo “cameo”.

Segundo a empresa, trata-se de uma palavra comum, usada há décadas na indústria do entretenimento para descrever participações breves, especialmente de celebridades.

Mesmo assim, o CEO da Cameo, Steven Galanis, afirmou que tentaram resolver a questão amigavelmente, mas a OpenAI se recusou a ceder. Resultado: agora estão em litígio judicial.

O que está em jogo?

Além da disputa pela marca, o caso levanta questões muito interessantes sobre o uso de nomes comuns em produtos de IA e como a linha entre a tecnologia gerada por humanos e por máquinas está se tornando cada vez mais tênue.

O processo busca indenização financeira (ainda não especificada) e uma liminar para impedir a OpenAI de usar o nome “Cameo” no Sora. Se vencerem, a OpenAI poderá ser obrigada a reformular toda a sua função. Se eles perderem, poderemos ter dois Cameos convivendo na internet, numa espécie de multiverso legal.

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A verdade é que, além do veredicto, este caso marca um novo capítulo na era em que o talento humano e a IA competem não só em qualidade... mas também em nomes.

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