Apple tende a ser aquele aluno que entrega a lição de casa atrasada... mas perfeitamente. No entanto, o Vision Pro provou que até os melhores têm tropeços. E agora, após meses de entusiasmo inicial seguidos de devoluções em massa, a Apple está tentando encontrar outra maneira para seu projeto de realidade mista. Spoiler: não está dando certo.
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De promessa futurista a objeto estranho
Quando a Apple lançou o Vision Pro, as expectativas eram altíssimas. Eles eram caros, sim, mas vinham com a promessa de revolucionar a maneira como interagimos com a tecnologia. O resultado? Pessoas cruzando fronteiras para comprá-los... e depois devolvê-los.
O produto era poderoso, mas não tão mágico quanto se dizia. Não oferecia uma experiência sobrenatural, nem um recurso indispensável. E isso, no universo Apple, é um problema.
E se os trocarmos?
Apesar do contratempo, a Apple não jogou a toalha. Na verdade, ela acaba de anunciar uma nova versão do Vision Pro com o chip M5, o mesmo que agora equipa o novo iPad Pro e o MacBook Pro.
Ao mesmo tempo, a empresa relançou o programa “Trade In”, que permite a troca de dispositivos antigos por um desconto em novos. Mas — e aqui está o detalhe — o Vision Pro original não é elegível para essa troca.
Isso mesmo: você pode trocar seu iPhone, seu iPad, seu Apple Watch, até mesmo seu antigo MacBook... mas não aqueles óculos que custavam mais de US$ 3.000 há apenas alguns meses. Nas letras miúdas de seu site oficial, a Apple deixa isso claro. Por quê? Essa é a grande questão.
A concorrência está se saindo melhor?
Enquanto a Apple tenta decidir o destino do seu Vision Pro, a Samsung entrou no jogo com seus novos óculos XR desenvolvidos em conjunto com o Google e a Qualcomm. O preço: US$ 1.799. A proposta: muito semelhante ao Vision Pro, mas pela metade do preço. E embora ainda não se saiba se eles serão um sucesso, a comparação é inevitável.
Por outro lado, a Meta aposta alto em sua colaboração com a Ray-Ban, oferecendo óculos inteligentes mais leves, casuais e focados no uso diário.
E parece que a Apple tomou nota, porque, de acordo com a Bloomberg, ela interrompeu o desenvolvimento do seu “Vision sem Pro” para se concentrar em um modelo mais acessível, semelhante ao Meta, integrando câmeras, microfones e conectividade Siri em um design muito menor.
O futuro do Vision Pro?
Por enquanto, o futuro do Vision Pro está no ar... ou na prateleira de alguém que não os usa. A Apple precisa de mais do que uma atualização de processador para convencer o público de que esses óculos têm um lugar em seu ecossistema.
E se ela realmente quer que a realidade mista se torne parte do dia a dia, talvez devesse começar permitindo que os usuários atualizem seus óculos sem ter que pagar o preço integral novamente.
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Porque uma coisa é certa: não importa quão avançado seja o chip, se o produto não encontrar seu lugar no dia a dia... dificilmente encontrará um lugar no carrinho de compras.

