O dia 14 de outubro não foi um dia qualquer para os usuários de PC: o Windows 10 anunciou oficialmente “chegou”. A Microsoft parou de oferecer suporte de segurança para quem não aderir ao programa estendido (e sim, há uma opção gratuita de um ano para quem tiver uma conta Microsoft). Para muitos, isso significou o inevitável: atualizar, adotar o Windows 11 e olhar para o futuro.
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Mas no Japão, sempre disposto a fazer as coisas do seu jeito, o fim do Windows 10 não marcou apenas uma transição tecnológica. Foi também o retorno triunfante de um velho conhecido: o aparelho de Blu-ray.
O que um sistema operacional tem a ver com discos?
Muito mais do que aparenta. Acontece que o Japão, ao contrário da maioria dos países ocidentais, nunca abandonou completamente o formato físico. Na terra do sol nascente, os discos continuam sendo sinônimo de itens colecionáveis, valor e durabilidade.
Não foi à toa que eles pararam de usar disquetes oficiais... em 2024! Ter algo tangível ainda é importante para eles, e com o fim do suporte ao Windows 10, muitos usuários estão preparando seus computadores para preservar sua biblioteca física como se fosse um tesouro digital.
Enquanto no Ocidente as unidades de disco desapareceram dos laptops anos atrás e se tornaram uma raridade em PCs de mesa, no Japão isso é um problema real.
Hoje, os gabinetes de PC são otimizados para fluxo de ar, LEDs e painéis de vidro temperado... mas eles se esqueceram completamente das baias de expansão. As lendárias baias de 5,5″, que na década de 1990 abrigavam CDs e DVDs, agora estão visivelmente ausentes.
Isso forçou muitos japoneses a optar por reprodutores de Blu-ray externos, que se conectam via USB. O problema? Eles são mais lentos, menos duráveis e não foram projetados para uso intensivo.
SilverStone e o Retorno do Hardware Retrô
Em meio a esse ressurgimento dos discos, a SilverStone estava à frente do jogo. Há alguns meses, a fabricante lançou um gabinete de PC com design retrô que inclui... sim, baias de 5,5″.
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Talvez para alguns seja uma curiosidade, mas para os usuários japoneses, é exatamente o que eles estavam esperando. E não seria surpresa se outros fabricantes seguissem o exemplo se essa tendência continuar.

