Ciência e Tecnologia

A mudança de opinião de Sam Altman sobre a OpenAI: “Não somos a polícia moral”

O CEO da OpenAI defende uma nova filosofia: mais liberdade, com regras claras

Sam Altman, CEO de OpenAI, respondió a Elon Musk en X (antes Twitter): “No, gracias, pero te compramos Twitter por 9.740 millones de dólares si quieres”. / Getty Images
Inteligencia Artificial Sam Altman, CEO de OpenAI, respondió a Elon Musk en X (antes Twitter): “No, gracias, pero te compramos Twitter por 9.740 millones de dólares si quieres”. / Getty Images (Tomohiro Ohsumi/Getty Images)

A OpenAI lançou uma bomba que poucos esperavam, mas muitos suspeitavam: o ChatGPT permitirá conteúdo erótico, desde que o usuário comprove sua idade. A decisão foi acompanhada por uma mensagem direta de Sam Altman, CEO da empresa: “Não somos a polícia moral do mundo”.

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Isso marcou uma virada na posição de uma empresa que, há poucos meses, prometeu manter a IA “segura para todos os públicos”.

De dizer “não” a avatares sexuais ao abrir as portas para conteúdo adulto

Há alguns meses, Altman foi enfático: rejeitou qualquer recurso que sexualizasse a inteligência artificial. Na verdade, ele se orgulhava de impedir propostas como “avatares sexuais”, mesmo que isso significasse desacelerar o crescimento de usuários.


Mas os tempos mudam. E, segundo ele, as ferramentas também. Em uma entrevista recente em podcast, o CEO explicou que, graças aos novos sistemas de moderação e monitoramento, agora é possível “relaxar certas restrições com segurança” sem colocar os usuários em risco.

No entanto, a OpenAI esclarece que a mudança não significa passe livre: qualquer conteúdo que promova danos, violência ou atividades ilegais continuará sendo totalmente proibido.

“Tratem adultos como adultos”

A nova política, que entrará em vigor em dezembro, gerou reações mistas. Alguns aplaudem a abertura e a possibilidade de criar mais conteúdo gratuito sob regras claras.

Outros, especialmente organizações focadas em saúde mental e tecnologia, se manifestaram contra os potenciais riscos da sexualização de chatbots.

Altman responde às críticas com uma analogia simples: “É como filmes ou videogames. Há conteúdo adulto, mas com classificação etária. Não queremos incentivar a exposição inapropriada, apenas permitir opções para aqueles que podem usá-las com responsabilidade.”

E menores? OpenAI reforça filtros e controles parentais

O anúncio ocorre em meio a um ambiente regulatório complexo. A FTC (Comissão Federal de Comércio) está investigando a OpenAI por possíveis efeitos adversos em menores, após uma denúncia que vincula o ChatGPT ao suicídio de um adolescente nos EUA.

Para mitigar esses riscos, a empresa implementou sistemas automatizados de detecção de idade e filtros parentais mais robustos. Contas pertencentes a menores de 18 anos não poderão acessar conteúdo sensível, mesmo por acidente.

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Um debate aberto (e que está apenas começando)

O que está claro é que essa nova postura marca uma evolução na filosofia da OpenAI. Mais do que uma rebelião moral, parece um compromisso com o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade.

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