Os dias de digitar para a IA estão contados. De acordo com um estudo recente da Jabra e da LSE, falar com sistemas de inteligência artificial no local de trabalho se tornará cada vez mais comum, tornando-se a norma antes do final da década. A surpresa? Essa tendência está avançando mais rápido do que muitos imaginam, e não é apenas uma questão de técnicos ou da Geração Z.
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Além do teclado: a era da IA Conversacional já começou
O estudo, intitulado “Além do Teclado: Como a IA de Voz Redefinirá o Trabalho a Partir de 2025”, foi conduzido no Laboratório Comportamental para Ensino e Pesquisa da LSE. Ele analisou como os profissionais se comportam ao usar IA de voz generativa em vez de digitar.
O resultado? 14% dos funcionários já preferem falar com a IA em vez de escrever para ela. É um número pequeno, sim, mas o suficiente para cruzar o limiar dos “early adopters”, de acordo com a famosa curva de difusão da inovação de Everett Rogers.
E não é apenas uma questão de preferência. A interação por voz melhora a sensação de fluência e velocidade em tarefas criativas, como brainstorming, escrita ou aprendizagem de idiomas. Trinta e três por cento dos entrevistados se sentem mais confiantes usando a voz, o que também melhora sua experiência de trabalho.
E quem está liderando essa tendência? Não, não é a geração mais jovem
Contra todas as probabilidades, o estudo revela que profissionais mais velhos estão mais dispostos a adotar a IA de voz depois de experimentá-la. Por outro lado, a Geração Z, que cresceu com Alexa e Siri, prefere continuar digitando em ambientes de trabalho.
Parece que falar com o assistente para tocar música é uma coisa... e deixá-lo com tarefas importantes é outra bem diferente.
A IA de voz é eficaz em tudo? Nem tanto...
Nem tudo são vantagens. Quando se trata de análises detalhadas ou estruturação complexa de ideias, o texto ainda é rei. A precisão e a reflexão são reduzidas em 20% ao usar a voz nesses tipos de tarefas. Pensar silenciosamente e estruturar bem as ideias ainda é mais eficiente do que improvisar em voz alta.
A Jabra já está se preparando para esse futuro (e está ouvindo você)
A empresa dinamarquesa Jabra, conhecida por seus fones de ouvido profissionais, saiu do mercado de fones de ouvido sem fio em 2024 para se concentrar totalmente em soluções corporativas. Ela já certificou diversos modelos com o Zoom e está aprimorando seu hardware para ambientes onde a voz será a principal interface de trabalho.
De acordo com o estudo, 62% dos trabalhadores na Espanha acreditam que a IA pode ajudá-los a economizar tempo. O que fariam com esse tempo? Alguns optariam por mais tempo em família, outros por uma semana de trabalho de quatro dias ou até mesmo pelo desenvolvimento de projetos criativos ou estratégicos.
O futuro do trabalho não será apenas digital... será conversacional
Em suma, tudo indica que, até 2028, será mais comum falar com a IA do que escrever para ela. A voz não será mais apenas para anotações em áudio ou ditados rápidos: será a linguagem oficial de trabalho do futuro.
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Claro que, para chegar lá, precisaremos de bons microfones, fones de ouvido potentes... e talvez um pouco menos de timidez ao falar com o computador.