Ciência e Tecnologia

Há um problema com os satélites de Elon Musk: eles estão caindo rápido demais

Elon Musk queria encher o céu com internet... mas agora está sendo bombardeado com satélites. E não é uma metáfora

Elon Musk
Elon Musk Elon Musk (Kevin Dietsch/Getty Images)

Imagine caminhar tranquilamente e, de repente, um satélite cair do céu. Parece ficção científica, certo? Bem, não é. De acordo com especialistas da indústria espacial, entre um e dois satélites Starlink caem todos os dias. E não é porque estão em promoção.

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Os satélites de Elon Musk, que fazem parte do ambicioso projeto Starlink para levar internet ao canto mais remoto do planeta, estão começando a se tornar um problema... literalmente.

A Terra é cercada por mais de 8.000 desses pequenos dispositivos, e o número continua aumentando. O que também aumenta (e depois diminui) é a taxa de queda.


Por que os satélites estão caindo?

A explicação é simples: o céu está cheio e muitos dos satélites lançados nos primeiros anos já estão velhos, com defeito ou simplesmente chegando ao fim de sua vida útil.

O astrofísico Jonathan McDowell, que registra esses eventos como um registro de naufrágios espaciais, afirma que a queda desses dispositivos não é mais um evento raro, mas um fenômeno diário.

E isso é só o começo. Com os planos atuais da SpaceX de lançar mais de 30.000 satélites nos próximos anos (sim, você leu certo) e a China adicionando mais 20.000 à mistura, o futuro parece saturado. Tão saturado que McDowell prevê um cenário em que poderíamos ver cinco satélites caindo por dia.

Mas se caírem... onde cairão?

Geralmente, a maioria se desintegra ao entrar na atmosfera. Mas sempre há o risco de que alguns pedaços atinjam o solo. Embora seja improvável que caiam em áreas habitadas, o risco existe.

E se cair em um parque natural, uma reserva protegida ou simplesmente onde não deveria, as consequências podem ser significativas.

A ciência diz: “Parem de lançar coisas!”

A comunidade científica vem levantando a voz há algum tempo. O problema? Várias camadas:

  • Ambiental: mais lixo espacial = mais poluição.
  • Visual: telescópios precisam se esforçar para ver o universo em meio a tantos satélites.
  • Riscos físicos: Sério, um satélite descontrolado pode ser perigoso.

E embora os cidadãos comuns possam nem estar cientes do que acontece acima de suas cabeças, para os astrônomos é uma dor de cabeça constante. Cada ponto brilhante indesejado que cruza seu campo de visão pode arruinar observações importantes do universo.

E o que dizem os governos?

Enquanto a Europa planeja lançar satélites com mais parcimônia, os Estados Unidos e a China parecem estar competindo para ver quem consegue transformar o céu em uma pista de obstáculos orbital. E nesse ritmo, os astrônomos do futuro precisarão de mais edição digital do que um influenciador do Instagram.

Conclusão: o céu não é mais o limite

O que antes era um feito de engenharia agora começa a parecer uma avalanche sem freios. Elon Musk sonhava com um céu repleto de conectividade... mas ele está criando tráfego espacial com mais interrupções do que uma rede Wi-Fi pública.

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Se as previsões se concretizarem, o futuro do espaço será tão congestionado quanto a hora do rush. Só nos resta esperar que não comecem a colocar semáforos ali.

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