O que começou como uma aquisição caótica, repleta de demissões, memes e mudanças de logotipo, terminou (pelo menos em parte) com um aperto de mãos jurídico. Elon Musk, atual dono da rede social anteriormente conhecida como Twitter — agora simplesmente X — chegou a um acordo com os ex-executivos que o processaram por não pagar o que foi prometido após a venda da empresa. Alerta de spoiler: o valor era de nove dígitos.
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Um acordo fechado (e secreto)
Finalmente, houve uma “fumaça branca” entre Elon Musk e o grupo de ex-executivos do Twitter que o processou por não honrar suas indenizações. O acordo foi revelado esta semana por meio de documentos judiciais protocolados em um tribunal federal em São Francisco.
Os protagonistas? Ninguém menos que o ex-CEO Parag Agrawal, o ex-CFO Ned Segal, o ex-conselheiro geral Vijaya Gadde e o ex-conselheiro geral Sean Edgett.
Os quatro alegaram que Musk lhes devia nada menos que US$ 128 milhões em indenização, um valor que consideraram mais do que justo... e, para Musk, aparentemente “negociável”.
Embora os termos exatos do acordo (ou quanto Elon acabou desembolsando) sejam desconhecidos, um juiz já suspendeu o julgamento para que ambas as partes possam assinar os papéis com calma. Dizem que, quando o magnata fica sério, até os advogados mais durões desistem.
O passado retorna com contas não pagas
A história remonta a 2022, quando Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões e transformou seus escritórios em um episódio de Game of Thrones.
Mais da metade dos funcionários foi demitida, o logotipo do pássaro azul desapareceu para sempre e o aplicativo foi renomeado simplesmente para “X”, sem nenhuma explicação convincente além do capricho criativo de seu novo proprietário.
Os executivos que celebraram o acordo hoje alegaram que Musk os acusou falsamente de má conduta para não pagar o que lhes havia sido prometido. Eles o processaram e alegaram que lhes era devido um ano inteiro de salário, além de opções de ações avaliadas em centenas de milhares de dólares.
Musk, é claro, negou tudo. Segundo sua versão, ele os demitiu por seu desempenho (uma palavra mágica que, no mundo corporativo, justifica quase tudo).
Este não é o primeiro e provavelmente não será o último
Este não é o único caso judicial que Musk teve que resolver desde a compra da rede social. Em agosto, a X já havia fechado outro acordo multimilionário com funcionários demitidos durante o expurgo inicial.
Naquela época, o valor reivindicado era de US$ 500 milhões em indenizações por rescisão não pagas. Parece que o botão de “demitir” veio sem “confirmar a indenização”.
E embora ninguém na X ou na equipe jurídica dos ex-executivos quisesse comentar o assunto, a verdade é que este novo acordo elimina uma das maiores dores de cabeça que Musk herdou com a compra do Twitter.
Final feliz? É um final, e ponto final
Os problemas legais de Elon Musk com ex-funcionários acabaram? Difícil dizer. Mas pelo menos, por enquanto, Parag e companhia podem dormir tranquilos... com suas contas bancárias muito mais felizes.
E Musk, bem, pode voltar ao que está fazendo: tuitar coisas enigmáticas de seu próprio brinquedo digital, enquanto a X continua sendo um experimento de negócios em tempo real.
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Quem diria que, nesta história, o “X” não representa apenas uma rede social... mas também uma assinatura no final de um cheque multimilionário.

