Ciência e Tecnologia

Algoritmo MELD Graph supera radiologistas: IA detecta até 64% das anormalidades cerebrais que causam epilepsia infantil

A inovação da IA ​​traz esperança para crianças com epilepsia resistente a medicamentos

Imágenes de cerebro
Algoritmo MELD Graph supera radiologistas (Redacción médica)

Uma nova ferramenta de Inteligência Artificial (IA), desenvolvida no âmbito do projeto internacional Multicentre Epilepsy Lesion Detection (MELD), está transformando o diagnóstico da epilepsia infantil. Este algoritmo é capaz de identificar anormalidades cerebrais sutis que, até agora, muitas vezes não eram detectadas em ressonâncias magnéticas convencionais, mesmo após serem revisadas por radiologistas especializados.

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A anormalidade mais comum na epilepsia infantil que não responde à medicação é a Displasia Cortical Focal (DCF), uma lesão cerebral que pode ser curada ou melhorada com cirurgia. No entanto, estima-se que até metade dessas lesões não seja detectada com métodos tradicionais, atrasando em anos o acesso a terapias eficazes para crianças.

(DEAN WONG, M.D., PH.D. AND AYON /Europa Press)

MELD Graph: Precisão da IA ​​supera a detecção humana

A ferramenta, chamada MELD Graph, foi treinada em 1.185 ressonâncias magnéticas (quase metade delas de menores) de 23 centros de epilepsia ao redor do mundo. Seus recursos foram testados em um estudo publicado no JAMA Neurology.


Os resultados demonstraram a notável eficácia do algoritmo:

  • Detecção de Anomalias: O MELD Graph foi capaz de identificar até 64% das lesões de DCF que radiologistas humanos não conseguiram localizar.
  • Impacto Clínico: Ao identificar a causa estrutural da epilepsia (DCF), a cirurgia se torna uma opção realista e potencialmente curativa. Em um grupo de teste, a identificação precisa da lesão, auxiliada por IA, permitiu a cirurgia, deixando a maioria das crianças completamente livre de convulsões.
  • Benefício Econômico: Além do benefício clínico, estima-se que a implementação desta IA possa gerar economias significativas por paciente nos sistemas de saúde, reduzindo a necessidade de exames desnecessários, hospitalizações prolongadas e tratamentos medicamentosos ineficazes.
(AMERICAN HEART ASSOCIATION/Europa Press)

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Essa inovação oferece uma esperança significativa aos pacientes e especialistas, prometendo acelerar o diagnóstico e o acesso a cirurgias que podem mudar radicalmente a qualidade de vida e o prognóstico de crianças com epilepsia.

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