Ciência e Tecnologia

NASA detecta “supertempestade” cósmica: buraco negro expele gás a 90.000 quilômetros por segundo

A onda de choque observada é muito mais intensa do que qualquer fenômeno registrado

ALMA / ESO
ALMA / ESO

O cosmos continua a surpreender os astrônomos com fenômenos de uma magnitude que nos obriga a reavaliar as leis do universo. Cientistas da NASA anunciaram a descoberta de uma supertempestade galáctica sendo expelida por um buraco negro supermassivo em uma galáxia distante. Ao contrário das tempestades terrestres, este evento é uma ejeção de gás a uma velocidade impressionante: quase um terço da velocidade da luz, rápido o suficiente para remodelar a paisagem cósmica da galáxia.

Clique para receber notícias de Tecnologia e Ciências pelo WhatsApp

Esta descoberta é crucial porque, embora as tempestades cósmicas sejam bem conhecidas, a velocidade e a intensidade desta em particular são sem precedentes. O fenômeno, descrito como uma explosão de “balas de gás”, propaga-se a quase 90.000 quilômetros por segundo, desafiando teorias anteriores sobre a potência máxima dos ventos impulsionados por buracos negros. A detecção sugere que esses eventos violentos são um mecanismo fundamental, e não um caos isolado, na evolução e formação de estrelas e galáxias.

Elon Musk
Logo da NASA (LaserLens/Getty Images)

Natureza do fenômeno: um buraco negro desencadeando o caos

No centro da maioria das galáxias encontra-se um buraco negro supermassivo, gigantes que podem ser milhões ou até bilhões de vezes maiores que o nosso Sol. A supertempestade observada pela NASA se origina quando matéria (gás, poeira ou até mesmo estrelas inteiras) é atraída para esse gigante. Uma quantidade impressionante de energia é liberada no processo; embora grande parte dela fique presa, parte é expelida na forma de radiação e ventos violentos.


Neste caso, o que os instrumentos da NASA capturaram não foi um fluxo suave de gás, mas uma erupção de extrema velocidade. A força desse “vento” é tal que é capaz de influenciar a matéria da galáxia e de seus arredores. A ejeção é tão poderosa que a velocidade do gás expelido é equivalente a dar uma volta ao redor da Terra cerca de 2.000 vezes em menos de um segundo.

Ilustração de um Buraco Negro NASA/CALTECH-IPAC/ROBERT HURT

A observação-chave e a diferença em relação a outras tempestades

A observação foi feita enquanto instrumentos da NASA estudavam o comportamento de um buraco negro distante. Supertempestades galácticas já foram detectadas antes, mas a intensidade desta nova descoberta é o que a torna única. A velocidade das “balas de gás” desafia as previsões científicas sobre a velocidade máxima possível para ventos impulsionados por buracos negros.

Essa diferença implica que esses fenômenos não são apenas uma “explosão de caos”, mas possivelmente um mecanismo-chave de feedback cósmico. A intensidade da supertempestade pode explicar por que algumas galáxias interrompem abruptamente seu processo de formação estelar, enquanto outras experimentam novas e repentinas explosões de atividade.

Criação e destruição: a dualidade da evolução galáctica

A descoberta ressalta que, na galáxia, caos e criação frequentemente andam de mãos dadas. Embora a supertempestade pareça ser um evento puramente destrutivo, lançando matéria em velocidades extremas, ela é simultaneamente uma fonte de vida cósmica. A dispersão desse material espalha os blocos de construção necessários para o próximo ciclo de formação de estrelas e planetas.

LEIA TAMBÉM:

Censura Algorítmica? IA do Google bloqueia consultas sobre Trump e saúde mental, mas responde perguntas sobre Biden

Sim, é verdade: o Windows 7 está sendo ressuscitado enquanto o Windows 10 está prestes a dizer adeus

Microsoft nomeia CEO para liderar negócios comerciais, Nadella se concentrará em tecnologia

A detecção desta supertempestade pela NASA nos lembra que o universo está longe de ser estático e passivo. Os astrônomos continuam a explorar como os eventos mais violentos, como a erupção de um buraco negro, são essenciais para guiar a evolução das galáxias e a distribuição da matéria que, bilhões de anos depois, poderá abrigar novos mundos.

Últimas Notícias