Não é todo dia que você acorda e diz: “Meu aplicativo tem mais pessoas do que a China, a Índia e os Estados Unidos juntos”. Mas foi basicamente isso que Mark Zuckerberg fez quando anunciou que o Instagram ultrapassou 3 bilhões de usuários ativos mensais. Um número que, sejamos honestos, é tão colossal quanto a rolagem infinita que fazemos diariamente.
Clique para receber notícias de Tecnologia e Ciências pelo WhatsApp
O “milagre” do Instagram, 12 anos depois
Em 2012, o Facebook (agora Meta) sacou seu talão de cheques e comprou o Instagram por US$ 1 bilhão. Na época, muitos acharam que era uma jogada arriscada: o aplicativo era bonito, sim, mas só servia para colocar filtros vintage em fotos de brunch. Não gerava receita e seu modelo de negócios era, digamos, “etérico”.
Avançando para 2025, Zuckerberg pode dizer com segurança que seu investimento foi uma das melhores decisões de sua carreira. O Instagram não só continua relevante como agora tem mais de 3 bilhões de usuários ativos mensais, revelou o CEO da Meta em uma conferência na quarta-feira.
O motor do sucesso se chama Reels
Uma das chaves para o crescimento meteórico do Instagram nos últimos anos foi o Reels, o recurso de vídeos curtos que chegou em 2020 para competir diretamente com o TikTok e o YouTube Shorts. E, cara, valeu a pena.
A fórmula: vídeos curtos, músicas cativantes, danças, receitas, erros e tutoriais úteis ocasionais. O Reels não só capturou a atenção da Geração Z, como também revitalizou os feeds de muitos millennials que pensavam que o Instagram era apenas para assistir a histórias de casamento de outras pessoas.
Além disso, para a Meta, o Reels se tornou uma mina de ouro: estima-se que o Instagram agora seja responsável por mais da metade da receita de publicidade da empresa nos Estados Unidos. Nada mal para um aplicativo que começou como um experimento com filtros.
O TikTok não está de braços cruzados
É claro que o Instagram não está sozinho nessa guerra pela atenção dos usuários. O TikTok, de propriedade da ByteDance, também tem seu exército: mais de um bilhão de usuários mensais em todo o mundo. E embora a plataforma chinesa tenha sido a que popularizou o conteúdo curto, o Instagram soube se adaptar (ou copiar, dependendo do ponto de vista) e manter seu trono.
A competição entre essas plataformas alimentou uma espécie de “corrida armamentista” digital: melhores ferramentas de edição, algoritmos mais viciantes e até mesmo recursos de compras integrados.
E agora?
Com 3 bilhões de usuários ativos, o Instagram tem muitos motivos para comemorar, mas também uma enorme responsabilidade. Manter o engajamento, proteger os usuários, prevenir spam e continuar inovando serão essenciais para se manter no topo na próxima década.
LEIA TAMBÉM:
Quer um remake do seu Metal Gear Solid favorito? Esta é a sua chance
Efeito Trump: novas taxas de visto H-1B agitam o setor de tecnologia dos EUA
Bioengenheiros japoneses fazem bactérias produzirem plástico para substituir petróleo e gás
Enquanto isso, Mark Zuckerberg pode ficar tranquilo (ou continuar praticando jiu-jitsu, quem sabe), porque o Instagram não só continua vivo... como está mais forte do que nunca.