De acordo com Robert F. Smith, fundador da Vista Equity Partners, o avanço acelerado da inteligência artificial pode deslocar ou transformar 60% da força de trabalho global, uma mudança que força a sociedade a redefinir o futuro do trabalho.
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Um cenário de trabalho em transformação
Durante a conferência SuperReturn International, em Berlim, o empreendedor e filantropo Robert F. Smith compartilhou uma estimativa que gerou preocupação: o avanço da inteligência artificial e da robótica pode transformar ou eliminar até 60% dos empregos globais.

De acordo com a reportagem da National Geographic, Smith apelou à sociedade para que se prepare para uma revolução trabalhista iminente, observando que, ao contrário das revoluções tecnológicas anteriores, a atual está se desenvolvendo em um ritmo sem precedentes.
Quais empregos estão mais em risco?
O impacto dessa transformação não se limita apenas aos trabalhos manuais. Smith alertou que a capacidade das máquinas de assumir tarefas antes exclusivas dos humanos coloca em risco “um bilhão de trabalhadores do conhecimento no planeta”.
O empreendedor chegou a apontar que, se suas projeções se concretizarem, os empregos de milhares de gestores e investidores presentes na conferência poderão ser ameaçados.

O artigo também menciona que a Microsoft compilou uma lista de 40 profissões que podem desaparecer devido a ferramentas como ChatGPT, Claude e Grok, reforçando a percepção de que a automação pode impactar uma ampla variedade de ocupações.
Renovar ou Morrer: O Desafio da Adaptação
Diante desse cenário, a adaptação e a aquisição de novas habilidades tornam-se essenciais para a permanência no mercado de trabalho. Segundo o artigo, a mensagem de Smith foi clara: “Renovar ou Morrer”.

Essa visão coincide com a de outras figuras do setor, como Jensen Huang, CEO da NVIDIA, que recomendou que os jovens se capacitassem em inteligência artificial o mais rápido possível. Huang também sugeriu que, no futuro, aprender a programar pode não ser mais essencial, pois os chatbots já são capazes de gerar código a partir de instruções.
Segundo Smith, se não for gerenciada adequadamente, essa lacuna entre aqueles que se adaptam e aqueles que não se adaptam pode aumentar, levando ao aumento da desigualdade.

