Ciência e Tecnologia

Esta mão biônica é a que mais se aproxima de imitar o toque humano: como ela faz isso?

Poderíamos dizer que ele é capaz de “sentir” o que toca

La nueva mano biónica es la que más se acerca a imitar el tacto humano
Mão biônica A nova mão biônica que mais se assemelha a um órgão natural

As próteses fizeram grandes avanços nos últimos anos, mas até agora elas tinham um problema: ou eram muito rígidas e desajeitadas ou muito frágeis e sem resistência. Se você quisesse segurar uma xícara de café quente, poderia acabar com o líquido no rosto ou com a xícara quebrada no chão.

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Mas isso pode estar prestes a mudar graças a uma equipe de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins. Eles criaram uma mão biônica que não apenas agarra com precisão, mas também pode “sentir” o que toca. Sim, exatamente como uma mão de verdade, mas sem unhas para cortar ou anéis para perder.

Como eles fizeram isso? Spoiler: não com magia, mas com ciência

Os cientistas decidiram copiar a natureza em vez de reinventar a roda. O resultado? Uma mão com esqueleto interno rígido impresso em 3D, mas com articulações de silicone flexíveis, proporcionando a melhor combinação: a força de uma máquina e a suavidade de uma mão humana.

E o melhor é que não se trata de uma prótese qualquer. Ele vem com sensores de toque nas pontas dos dedos, inspirados nos mecanorreceptores da pele humana. Ou seja, ele consegue distinguir se você está tocando em uma esponja, em um teclado ou em um gato bravo (embora ainda não haja testes oficiais para este último).

Colocando à prova: funciona mesmo?

Para provar que sua invenção não é apenas fumaça, os pesquisadores a submeteram a um difícil teste de habilidades:

Foi pedido que ele identificasse 26 superfícies com texturas diferentes. Foi bem-sucedido em 98,38% dos casos, superando qualquer outra prótese existente.

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Ele segurava objetos frágeis sem destruí-los, incluindo um copo plástico com água (algo que muitas mãos humanas nervosamente não conseguem fazer).

Ele conseguia segurar com precisão tudo, desde bichos de pelúcia até pratos, sem escorregar ou apertar com muita força.

Basicamente, parece que essa mão sabe mais sobre controle de força do que alguém tentando abrir um saco de fichas sem fazer bagunça.

E como é controlado? Ele vem com WiFi?

Sem botões ou joysticks. Ele funciona por meio de eletromiografia (EMG), o que significa que detecta sinais elétricos dos músculos do usuário e responde de acordo. Ou seja, se a pessoa flexiona o braço, a mão se move como se fosse algo completamente natural.

E tem mais: a equipe também está trabalhando para que essa tecnologia envie sinais táteis ao cérebro, o que poderá, no futuro, devolver a sensação de toque aos usuários de próteses. Sim, exatamente como em um filme de ficção científica.

Mas... quando poderemos vê-lo em ação?

Embora a tecnologia seja impressionante, ela ainda apresenta alguns desafios. Sua força de preensão atual é menor que a de uma mão humana e requer um compressor de ar para funcionar (o que não é exatamente conveniente para o uso diário).

Mas não há dúvidas de que é um passo gigante em direção ao futuro das próteses. Uma mão que agarra com precisão, sente o que toca e se move naturalmente está cada vez mais perto de se tornar uma realidade acessível.

E quem sabe, em alguns anos teremos versões melhoradas com aquecimento integrado para o inverno.

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