Ciência e Tecnologia

A IA está avançando rapidamente e agora busca maneiras de detectar odores

Em busca de levar esta nova tecnologia ao seu máximo potencial, os cientistas estão buscando fazer com que a IA seja capaz de ter o sentido do olfato

A perda do olfato prejudica a qualidade de vida da pessoa Foto: bing.com/images

Este ano será marcado pelo boom da Inteligência Artificial, uma invenção que não parou de crescer desde que foi revelada e agora, em um nível que não era imaginado antes, procura-se que a IA vá além de conversas casuais e seja capaz de detectar odores, embora não seja uma tarefa fácil. Tudo isso foi revelado graças a uma pesquisa divulgada pela revista Nature.

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Um mistério milenar

Apesar de que o olfato é um dos nossos sentidos mais primitivos, seu funcionamento ainda é um grande mistério para a ciência. Embora isso se deva a diversos fatores, sem dúvida a maior incógnita é a relação entre a estrutura química de uma molécula e o cheiro que percebemos. Duas substâncias com estruturas muito semelhantes podem ter cheiros completamente diferentes, enquanto outras com estruturas muito distintas podem gerar aromas quase idênticos.

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Se isso não fosse suficiente, a maioria dos odores são misturas complexas de dezenas ou até centenas de moléculas, o que torna ainda mais difícil entender como essas estruturas químicas se relacionam com a experiência olfativa. Outra questão não resolvida é como nosso cérebro interpreta e compara diferentes odores, já que, ao contrário da visão e da audição, que têm sistemas de detecção relativamente simples, o olfato humano possui centenas de receptores olfativos que adicionam uma camada adicional de complexidade a esse sentido.

No entanto, a comunidade científica está cada vez mais interessada em decifrar o código do olfato. Os avanços em biologia molecular, análise de dados e inteligência artificial oferecem novas ferramentas para abordar esse problema complexo. Os pesquisadores esperam que, ao compreender os mecanismos biológicos por trás do olfato, possamos obter uma melhor compreensão de como os animais usam esse sentido para encontrar comida, parceiros e se orientar em seu ambiente. Além disso, o estudo do olfato tem aplicações potenciais em diversos campos, como medicina (diagnóstico de doenças pelo olfato), indústria de perfumes e criação de repelentes de insetos.

Para chegar à resolução deste mistério, nos últimos anos, foram desenvolvidos modelos computacionais capazes de relacionar estruturas químicas com odores. Embora esses modelos ainda tenham limitações, representam um grande avanço na pesquisa do olfato dentro da comunidade científica, que está cada vez mais próxima de resolver essa incógnita.

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