A busca por planetas habitáveis é um campo de pesquisa em constante crescimento. Novas descobertas e tecnologias estão permitindo aos cientistas compreender melhor a diversidade dos planetas em nossa galáxia e aumentar as possibilidades de encontrar um planeta que realmente possa abrigar vida.
ANÚNCIO
Na verdade, até o momento, milhares de exoplanetas foram descobertos e muitos deles têm características que podem ser favoráveis para a vida. Alguns desses planetas estão na zona habitável de suas estrelas, o que significa que recebem a quantidade adequada de energia para que a água líquida possa existir em suas superfícies.
No entanto, esta busca se deparou com um exoplaneta orbitando uma estrela gigante vermelha, algo completamente inimaginável e até improvável. Esta descoberta, publicada na revista Nature, abre novas possibilidades na busca por vida extraterrestre.
Um exoplaneta em um lugar inesperado
O exoplaneta, chamado Halla, tem uma massa semelhante à de Júpiter e orbita uma estrela chamada Baekdu a uma distância apenas metade da que separa a Terra do Sol.
O surpreendente desta descoberta é que Baekdu é uma estrela gigante vermelha, uma etapa na vida das estrelas em que elas se expandem consideravelmente e se tornam mais frias.
Neste tipo de estrelas, os planetas próximos costumam ser devorados pela estrela em expansão. No entanto, Halla parece ter sobrevivido a este processo.
Como é possível que Halla tenha sobrevivido?
Os cientistas consideram duas possíveis explicações:
ANÚNCIO
- Baekdu era uma estrela binária: Nesta teoria, Baekdu teria se fundido com uma estrela companheira no passado, o que a teria salvado de crescer demais e devorar Halla.
- Halla é um planeta de "segunda geração": Neste caso, a colisão das duas estrelas teria criado uma nuvem de gás e poeira a partir da qual Halla teria se formado.
Independentemente da explicação correta, a descoberta de Halla demonstra que os planetas podem orbitar estrelas gigantes vermelhas, um tipo de estrela que antes se considerava pouco provável de abrigar planetas habitáveis.
Esta descoberta abre novas possibilidades na busca por vida extraterrestre, pois amplia a zona habitável onde poderiam existir planetas com água líquida em sua superfície, um requisito essencial para a vida conforme a conhecemos.